“...cantaremos
o medo da morte
e o
medo de depois da morte.
Depois morreremos de medo
e
sobre nossos túmulos
nascerão
flores amarelas e medrosas.”
Drummond
Desde que se nasce, o primeiro passo já é,
inexoravelmente, em direção à morte. Há os que nem chegam a nascer, como foi o
caso de meu irmão. Antes de ver a luz, embrenhou-se nas trevas, devido à
ignorância daqueles que usaram um produto altamente tóxico para dedetizar a
residência, sem atentar para o efeito letal sobre o feto. Sua causa
mortis, ainda dentro do ventre materno, no nono mês de gestação:
intoxicação por BHC. Eu era muito pequena, mas retive na memória a nítida
imagem de um minúsculo caixão, sobre uma mesa, no centro da sala de visitas.
Quando o tiraram para o enterro, eu o abracei, chorei e esperneei para que não
levassem minha nova bonequinha. Não tinha entendimento da perda de um irmão,
mas senti a desolação da perda da boneca.
Neste mês de março
de 2021, a pandemia do coronavírus, atinge o mais alto índice mortífero no
Brasil. Computa-se, atualmente, uma morte por minuto. Os gráficos estatísticos
não param de subir, enquanto a vacina vem a passos de tartaruga. Cerca de
255.000 brasileiros já se foram. Em todo o mundo, cerca de três milhões de
vidas levadas pela mão da “ceifadora”.
É um bom momento
para refletirmos sobre a vida e sobretudo sobre o medo da morte. Há um vídeo circulando atualmente
na internet e uma clássica película cinematográfica que retratam alegoricamente
a morte e criam um desafio entre um vivente e “a indesejada das gentes”. Esta
insiste em levá-lo. Aquele, por sua vez, recusa-se a acompanhá-la. Vejamos resumidamente
as duas fabulações:
No vídeo, um matuto conhecido vulgarmente como Zé
Prequeté, volta de uma festa em plena madrugada. Cavalga sozinho, em noite sem
luar, por uma estrada deserta, carregando sua viola dentro de um saco. Na
escuridão da noite, vislumbra tênue luminosidade no caminho. Ao se aproximar,
percebe velas acesas, em plena encruzilhada. Acha aquilo deveras
estranho. Mais estranha ainda é uma figura toda vestida de preto, como se
esperasse alguém. Meio encabulado, decide primar pela cortesia.
− Boas noites. Posso ajudar? O que fazes a essa
hora, em tão ermo lugar?
− Estava à tua espera.
− Pois não. Quanta honra!
−Vim para te levar comigo numa viagem sem volta, mas,
como aprecio por demais uma viola, proponho um desafio. Vamos ver quem toca
melhor. Se eu ganhar, tu vais comigo. Se eu perder, tu ficas.
− Agradeço a gentileza, mas não posso aceitar o
desafio. Tenho pressa. Minha patroa está à minha espera.
− Não aceito recusa.
Zé Prequeté olha a figura de cima a baixo. É
impossível visualizar a face, parcialmente encoberta por um capuz negro.
Poderia ser um de seus amigos querendo lhe pregar uma peça.
Caso não seja um deles – matuta o cavaleiro – quem
poderá ser? Talvez um “filho da mãe” qualquer, querendo me assustar ou me
assaltar.
− Não estou reconhecendo tua voz. Quem és tu, caro
vivente?
− Não sou vivente. Sou Lúcifer, o anjo da luz.
− Todo de preto, não serias anjo das trevas?
Zé Prequeté leva a abordagem na brincadeira, mas, ao
olhar detidamente o estranho, percebe que, em lugar das botas, há um par de
cascos de bode. Sente um frio na barriga, um frêmito no corpo, mas finge
tranquilidade.
− Ô amigo Lúcifer, se quiseres, posso deixar a
viola contigo, mas, como disse, tenho pressa de chegar. Toma! Ela é toda tua.
− Pensas que me engambelas? Começo, então, o
desafio.
O estranho pega a viola e toca uma música
totalmente desconhecida. Depois, Zé toca certa modinha com malabarismos
inauditos nas sete cordas. O “de preto” não se dá por vencido.
− Achas que me enganas com essas brincadeirinhas?
Quero ver se consegues tocar com a viola nas costas.
O matuto coloca o instrumento sobre as espáduas,
abaixa a cabeça e toca perfeitamente. Destarte, consegue se livrar daquele
encosto, pelo menos por ora.
Essa fabulação é muito parecida com a do filme O
sétimo selo, obra-prima
cinematográfica de 1957, do diretor e roteirista sueco Ingmar Bergman
(1918/2007). O tema principal é a questão do medo da morte. Não no contexto de
uma pandemia do século XXI, mas de outro similar, da peste negra, na
Idade Média. O protagonista, um
cavaleiro templário que retorna a casa depois de dez anos, encontra a peste e a
morte em sua terra.
No filme, não há encruzilhada, nem velas, como no
vídeo. Em uma praia deserta, o protagonista encontra um cavaleiro também de
preto, de cara muito pálida. Reconhece imediatamente a figura da Morte que
surge para levá-lo. Lembra-se de ter ouvido que a Morte seria uma enxadrista
contumaz. Tenta então uma estratégia para escapar de suas garras. Ele a desafia
para uma partida de xadrez. Se perdesse, ele se deixaria levar. Se ganhasse
continuaria vivo. Ela aceita, porém o adverte:
− Não adianta postergar a partida. Mais cedo ou
mais tarde, você virá comigo.
− Eu sei disso, mas não agora. Quero ganhar tempo.
O jogo proposto pelo
protagonista seria uma metáfora para levar o espectador a refletir sobre as
emoções humanas, os mistérios e a efemeridade da vida. Esse filme, altamente
filosófico e simbólico, aborda os questionamentos do ser humano a respeito da
morte. Se você a encontrasse, como reagiria? O que faria? Se pudesse dialogar
com ela, o que lhe diria?
A partida de xadrez começa na praia. Trata-se de uma
das cenas mais célebres do cinema. Como a partida não se conclui, a Morte volta
a visitá-lo por diversas vezes para continuarem o jogo. Antonius Block não
perde nunca, devido a certas jogadas, de cujo segredo é o único detentor. A
“sedutora do além” não se dá por vencida. Ela também tem suas estratégias.
Certo dia, Block decide se confessar. Ajoelha-se
diante da treliça de um confessionário e relata ao padre o desafio entre ele e
a Morte. O confessor quis saber qual seria a jogada magistral para vencer
sempre. Ele lhe revela seu segredo. Nesse momento, a câmera focaliza a cara de
contentamento do falso confessor. Era a própria “dama da foice” que ouvia sua
confissão. Na partida seguinte, o “homem de preto” dá o xeque-mate. Evidentemente, não há escapatória para Antonius.
Na iminência da morte, a busca de sentido para a
vida é uma questão que sempre atormentou a humanidade. Suponho que, justamente
a partir dessa questão fulcral, tenham surgido um sem número de religiões e crendices,
cada uma tentando, à sua maneira, explicar o inexplicável, com o intuito de
trazer conforto espiritual e tranquilidade aos humanos.
Esse ponto de interrogação deixou de me amofinar
após ter ouvido de um professor metido a filósofo que o homo sapiens é
uma aberração da natureza. Eu nunca havia pensado nisso. É bastante plausível.
Nosso grande problema talvez seja a cognição. Se não a tivéssemos, tudo seria
tão simples! Viveríamos por viver, sem filosofices, sem crendices, como as
plantas e os animais “ditos” irracionais. O poeta Fernando Pessoa (1888/1935),
em um de seus poemas, demonstra o desejo de ser como as flores: “Elas existem
porque existem”, sem questionamento algum.
O ser questionador, segundo Albert Camus
(1913/1960), é o “homem absurdo”. Na
filosofia do absurdo, Camus focaliza exatamente o conflito entre a tendência
humana de buscar significado inerente à vida e a inabilidade para encontrá-lo
em um universo caótico, desconexo e ininteligível.
Temos ciência de que o empenho em postergar a morte
é comum a todos, com raras exceções, como no caso dos suicidas. Há um longo
poema de Drummond (1902/1987), no qual ele dialoga com a morte e aceita ser
levado por ela... “mas que não seja agora”.. Todas as estrofes terminam
com esse bordão mostrando claramente o que se passa com cada um de nós. Sabemos
que a morte virá um dia. Não há como evitá-la, mas tentamos postergá-la por
todos os meios. Acometido por uma doença qualquer, lançamos mão de toda sorte
de medicamentos, chás, “benzeções“ e até mesmo de cirurgias. No afã de salvar
vidas, os médicos trabalham na contramão dos desígnios da Divina Providência.
Esta envia a doença ou convoca alguém para a morada eterna, aqueles tentam a
cura e/ou o adiamento da partida. Mais cedo ou mais tarde, sem pedir licença,
ela cruza o caminho de todos nós. Como dizia meu avô, “depois de certa idade a
gente vive tapeando a morte”.
Para o fechamento destas lúgubres elucubrações,
versos do Grande poeta português Fernando Pessoa sobre o mesmo tema.
Quando
vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma...
Jô Drumond
01-03-2021
RETORNO DA CRÔNICA ‘ENGANANDO A MORTE’
JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA – PATOS DE
MINAS - MG
Paradoxalmente, a vida é bela porque
a morte é feia e certa. E citando ainda, Pessoa, não me venham com conclusões,
a única conclusão é morrer!
SAMUEL MALHEIROS – VITÓRIA - ES
Jô acabo de ler sua crônica.
Inspirada reflexão sobre tema que vem desde sempre intrigando os humanos.
Exemplo de como tornar leve a leitura sobre realidades tão pesadas.
Uma observação Jô se me permite:
Penso que o grande problema do Sapiens não é a cognição mas a consciência. Essa
é a criadora de todos os problemas.
JEAN-LOUIS BOSSAVIT
– MONBAZILLAC - FRANÇA
Cara Jô
Merci pour ce texte
qui a l'habileté d'être pris entre les mots de Drumond et ceux de mon Frère
Fernando Pessoa, qui sont bien apaisants. Bien sûr la réflexion autour de la
mort est présente dans l'esprit de tous dans cette période terrible. Je pense
aussi que notre société, au sens le plus général d'Humanité, avait aussi peut
être besoin de réfléchir sur cette question que toute notre civilisation a
tendance à oublier, ou à laisser de côté
ou à faire croire qu'elle n'existe pas. Le cheminement de l'Histoire du monde
avec ses intervalles de guerres, de catastrophes naturelles et d'épidémies,
nous renvoie régulièrement à ce qui est
inexorable et c'est bien ainsi .
Ceci me fait penser
à ce fameux conte persan, que je me risque à résumer dans le portugais écrit
qui me reste!
Lembramos
a história deste vizir do califa de Bagdá que, uma manhã, nas ruas da sua
cidade, vê a Morte, que fixa o olhar nele. Muito perturbado, o vizir pede ao
califa para fugir da cidade, pegando seu cavalo mais ligeiro para se refugiar
esta mesma noite, em Samarcanda. O
califa aceitou e depois, quanto a seu
hábito, decidiu caminhar incógnito pelas ruas da cidade. Ele encontrou a Morte
e perguntou: "Por que você aterrorizou meu joven vizir esta manhã, olhando
para ele? ameaçadora? " A Morte respondeu: "Não era um olhar
ameaçador, mas só um olhar surpreso
porque eu não esperava vê-lo aqui em Bagdá esta manhã. Tenho um encontro
com ele, esta noite, em Samarcanda
".
Très
amicalement
Jean
Louis
JOSÉ HUMBERTO FAGUNDES – PRETÓRIA –
ÁFRICA DO SUL
Não há como discordar de Pessoa nos
versos que encerram seu texto. Aliás, que acrescenta significado ao
postergamento. Lições, dear Jô, que lembram que a vida sempre vale a pena quando
a “alma não é pequena”. Obrigado!
ABEL FARIA - BRASÍLIA - DF
Boa tarde Jô!!! Tudo de bom!!
Pois então!!! Fez me lembrar
prontamente versos do poeta Augusto dos Anjos que viveu 30 anos e abominou o
destino da morte para toda a humanidade, considerado o poeta triste.
E também os belos versos do Manoel
de Barros, poeta da insignificância das coisas, que mais se aproxima em viver
enquanto vivo e aceitar que é assim mesmo pela própria natureza.
Confesso a você que às vezes me
encontro absorto e espantado com a vida tênue de todos nós.
Com a pandemia, houve um acordar de
muitas pessoas, do significado dessa nossa "morada ligeira""
como disse o Clênio Pereira, outro amigo poeta que viveu 27 anos.
Kkk... Chega. !!
Parabéns, outra crônica de registro
desse tempo atual.
Bom final de semana. Abraço!
CHANTAL RABY –
MONBAZILLAC - FRANÇA
bonjour jo
je viens de lire ta longue réflexion sur la mort. Comme tu le dis, des la
naissance, nous entamons le chemin vers la mort. Il ne faut pas avoir peur de
la mort. Elle fait partie de la vie mais comme le dit très justement le poète
"pas maintenant". Parce qu'en chacun de nous il y a l'amour de la vie
(voir comment quelqu'un qui écrit ses dernières volontés et demande à mourir
sans acharnement pour le maintenir en vie, et bien au final cette personne se
bat jusqu'au bout pour ne pas mourir "maintenant")
J'ai fait la paix avec l'idée de la mort. D'abord dans la première moitié
de ma vie, j'ai considéré que j'étais jeune et cette idée n'était pas pour moi.
Ensuite je l'ai frôlée a plusieurs reprises mais je me suis battue pour que ce
ne soit pas "maintenant ". Et dans ma tête ça ne pouvait pas être
"maintenant". Puis, vers les 70 ans donc troisième âge, je lui ai
fait de l'œil un jour aux urgences, au point de supplier mon mari de dire aux
enfants combien je les avais aimés. Et puis, miracle, ce ne fut pas
"maintenant". Et depuis je sais que je vais mourir mais je ne sais
pas quand ; alors je goute chaque instant comme un cadeau, je range mes
affaires, je classe mes photos, je peins et je distribue mes tableaux à ma
nombreuse famille, j'écris des textes humoristiques à mes amis sur ma façon de
voir la vie. Je vais t'en envoyer quelques-uns ; je fabrique des objets, je
peins des meubles pour les uns ou les autres. Je mets à jour les recettes de
cuisine qui ont fait le bonheur des enfants. Bref, je tente de laisser mon
empreinte, et je transmets tout ce que je peux. Curieusement je n'ai pas encore
eu envie, maintenant, de planter un arbre fruitier. C'est trop long et je n'en
verrai jamais les premiers fruits. Quoique ......je me plais à imaginer parfois
vivre jusqu'à 95 ans, qui sait ......Verrai je les jumelles de Sophie
"namorar". Déjà je garde chez moi mes arrières petites filles. Chaque
matin j'ai mal quelque part, mais jamais au même endroit. Chaque matin je me
dis qu'il faut que je fasse ceci ou celà; je mesure mes projets à court terme
suivant leur faisabilité .
Tout ça, c'était jusqu'à l'an dernier
Puis est arrivée cette foutue pandémie. J'ai appliqué les mesures très
strictes de prudence dès le début et suis restée "confinée" une année
entière, sans recevoir ni aller chez personne, sans embrasser ni voir aucun de
mes enfants et petits-enfants. Ce fut une année entière de vie perdue. Mais
enfin la vaccination est arrivée en commençant par les vieux de plus de 75 ans
; Ce fut une délivrance absolue mais à quoi cela sert vraiment si les autres ne
sont pas encore vaccinés ? donc nous nous battons pour convaincre les indécis.
Car bizarrement jo, en France, ce sont maintenant les soignants, les personnels
de santé, beaucoup de médecins, et une partie des gens, qui sont les
contaminateurs. Malheur à toi si tu as besoin d'entrer à l’hôpital pour tout
autre chose, tu risques d'être contaminé par ton infirmière ; Seulement un
tiers de tout le personnel médical français accepte de se faire vacciner ! Nous
avons eu cette semaine un million de doses d’Astra Zenica qui sont restées dans
les frigos faute de personnes à vacciner dans les personnels de santé, puisque
c'étaient leurs doses... Vous avez votre scandale au Brésil, nous avons le nôtre.
Heureusement, Macron n'est pas Bolsonaro et on se demande comment les brésiliens
vont s'en sortir avec un pareil idiot ; Ici il est question de rendre le vaccin
obligatoire pour le personnel soignant. On ne peut pas encore le rendre
obligatoire pour la population parce que la France qui a une tradition de
liberté démocratique, ne l'accepterait pas.
Donc oui, cette fois ci tout le monde a vu la mort de près. Mais souvent
sans en avoir eu conscience. je comprends ce que tu racontes au début de ta
nouvelle ; mais a l’âge que tu avais, on ne sait pas ce que c'est que la mort .
Bon écoute Jo, lire en français est un exercice parfois difficile parce que
nous avons des expressions et des mots peu employés. Je t'enverrai si tu le
souhaites des récits humoristiques que je fais de temps en temps pour mes amis…
je t'embrasse
Chantal
SANDRO DECOTIGNIES - DUNQUERQUE
-FRANÇA
Em tempos de necropolítica, nada
mais necessário que uma reflexão sobre aquela que vamos todos encontrar...
NILDA NUNES – PATOS DE MINAS - MG
Boa tarde, tia Jô! Gostei muito do
texto. Apesar do tema, ele nos mostra tranquilidade ao mexer e remexer com as
palavras pra colorir o texto. Mostra que a escritora é muito culta e pesquisa
com determinação pra informar o leitor sobre o tema. Muito obrigada por nos
informar e formar nossas mentes na leitura. Bjos
MARIA JOSÉ NUNES – PATOS DE MINAS -
MG
Como sempre, adoro o que escreve.
Não achei lúgubre.
Gosto de filmes policiais em que o
bem vence o mal. Foi uma pena, a danada da morte enganar Antonius no
confessionário, acabando por levá-lo.
Quanto ao filme, deve ser muito
interessante. A verdade é que, à medida em que os anos vão passando,
normalmente ela chega, querendo ou não. Enquanto pudermos prolongar a vida
usaremos de todos os artifícios ao nosso alcance.
Discordo de Fernando Pessoa ao
escrever que sente alegria em saber que a morte dele não fará falta a ninguém.
Nós, humanos, temos raízes. Quando
morre seu pai, mãe, irmão vc continua a viver mas aquela pessoa deixa em nosso
coração uma saudade. Acostumamos com a ausência, mas a falta fica. Que saudade
sinto dos meus. Minha mãe me faz falta nos conselhos, nas conversas.
Enfim, acabei escrevendo mais que a
autora. Parabéns. Adorei. Beijos
ROSANE MORCEF – VITÓRIA - ES
Jô, infelizmente não estamos
preparados para o que seria uma coisa tão natural (a morte).
O sentimento de perder uma pessoa
querida, amada, companheira nos deixa como se um buraco se abrisse e você não
pode fazer nada.
Mas, muito confiante no amor que
sinto por Deus e graças às correntes de orações me sentia mais confortada,
quando estive infectada pelo coronavírus. Nunca, em momento algum, perdi as
esperanças.
MARIA DA PENHA – MATHILDE - ES
Jo seu texto é interessante pra
valer! riquíssimo, criativo, informativo carregado de nuanças que brincam com
nosso imaginário nos levando aonde você quer. E , olha isso... parte de
vivências suas. Que riqueza. Fico a pensar como você consegue... Muito bom,
amiga.
ZILCA – VITÓRIA - ES
Este tema me faz pensar em um livro
de José Saramago: As Intermitências da Morte.
É apaixonante, apesar do tema.
Postei no Facebook
TEREZINHA BICHARA – VITÓRIA - ES
Pensei no livro do Saramago, leitura
inesquecível quando a morte se apaixona pela pessoa que devia levar. Jô
querida, fala oportuna, perfeita para registro do momento que estamos vivendo.
bjs
ANAXIMANDRO – VITÓRIA - ES
Top!
Precisamos mesmo falar da
"indesejada das gentes", sem rodeios.
Nada melhor que a arte.
Esta, não morre.
Adorei o texto!
LÉA FURTADO – VITÓRIA- ES
Jô! Adorei o texto!
Superinteressante, apesar de
lúgubre, como você mesma diz, às vezes engraçado !
Gostei muito dos diálogos dos
violinos.
Lembrei também da oração de Santo
Agostinho quando ele diz :
" _ A morte não é nada!"
que é apenas uma passagem para o
outro lado do mundo!
Esta pandemia, às vezes, nos dá a
impressão de que a morte ficou " banalizada"!
Só que ninguém quer que a fila
prossiga e sim a vida.
Sabemos que estamos aqui de
passagem, isto não se pode negar.
Parabéns pelos seu texto abordando
um tema tão complexo que é a morte!
ANA LÚCIA CASTRO NOTINI – BELO
HORIZONTE - MG
Gostei muito, apesar de "meio
lúgubre", muito apropriado pelo período atual.
Além do mais, nossa visão hoje, mais
madura e consciente, nos faz refletir, concluir e concordar com Fernando
Pessoa.
Adorei. Obrigada. Bjs.
MARIA INEZ NASCIMENTO - BELO HORIZONTE
- MG
Excelente texto Jô, afiadíssimo, com
várias citações interessantes e pertinentes. Muito culta, esta minha amiga.
Quanto à morte em si, não me
apavora. Bjs
MARIA TERESA ROCHA – BRASÍLIA - DF
Muito bom! 👏🏻👏🏻👏🏻
Parabéns Jô, sempre nos surpreendendo
!
SUMAN GAETNER – VITÓRIA - ES
Há muitos anos minha família estava
indo de carro para o sul do Brasil, quando meu pai, que dirigia, dormiu ao
volante e rolamos em uma ribanceira. Eu estava dormindo com a cabeça no colo da
minha mãe. Acordei sobressaltada e perguntei: "mãe, nós morremos?" Eu
vi o símbolo da morte: a mulher de preto com a foice na mão. Muito mais tarde
pensei que Jung tinha razão sobre o inconsciente coletivo. Sabemos como ela é,
sabemos que virá e essa angústia nos persegue desde sempre, mas hoje parece
cada vez mais próxima. É o assunto da hora junto, claro, à crítica a este
governo inconsequente, despreparado, genocida.
CHICO BRANT – BELO HORIZONTE - MG
Legal, Jô. Interessante a semelhança
da fábula do Prequeté e a história do filme do Bergman.
No caso do Brasil, agora, depois da
sua crônica, já sabemos quem é a ceifadora. Disfarçada, está todos os dias na
mídia a zombar de nós, mortais. Abraços!
HILDA MUNIZ - VITÓRIA - ES
Oi Jô!
Acabei de ler agora seus dois
últimos contos. Penso que o isolamento tem contribuído para aumentar a sua
inspiração. Os dois temas são propícios para o momento atual e foram, como
sempre, muito bem desenvolvidos por você. Parabéns!!! 👏🏼
DALVA - PATOS DE MINAS - MG
Jô , Enganando a Morte , é realmente
o que estamos passando nesse momento. Muitas vidas sendo ceifadas e ainda
muitas irão.
Li "pra aprender a enganar a
morte ".
Ví que é impossível.