sábado, 6 de fevereiro de 2021

SOLIDÃO COMPARTILHADA

   


          Maria de Soledade era uma senhora de idade indefinida, aposentada, ex-professora universitária da Escola de Belas Artes. Seu nome era simplesmente Maria, como tantas outras mulheres, com sobrenome assaz comum. Sendo oriunda da cidade de Soledade de Minas, passou a ser conhecida como Maria de Soledade. Ela gostava da alcunha. Era uma maneira de divulgar sua cidade interiorana, um dos 15 municípios integrantes do circuito das águas, em Minas Gerais. Cidade pouco conhecida,  permaneceu à sombra das vedetes do circuito, como Caxambu, Lambari, São Lourenço, Poços de Caldas...

 Maria saiu de Soledade durante a juventude, para fazer uma graduação e nunca mais voltou. Casou-se, criou família, enviuvou, trabalhou até à aposentaria e escolheu uma cidade praiana para amarrar seu viver. Deixou o circuito das águas para radicar-se no balneário de Guarapari (ES). Sentia-se livre dos ditames do relógio, para fazer o que bem entendesse, mas a ausência do marido, dos filhos, dos netos e até mesmo dos alunos anuviava seu cotidiano. Sentia o peso da “soledade”. Ouvia músicas, via filmes, lia livros, caminhava no calçadão, furava ondas, passeava na praça, sempre a sós.  Era muito monótono estar o tempo todo consigo mesma. Após um ano de reclusão domiciliar e de isolamento devido à pandemia, o de que ela mais carecia era alguém para conversar, trocar ideias, discutir sobre um bom livro ou sobre um bom filme, até mesmo para fazer as refeições temperadas de diálogos sobre um tema qualquer.

 Maria morava em um edifício mediano e levava uma vida também mediana, sem luxo e sem dificuldades financeiras.  Mente brilhante e irrequieta, queria sair da malfadada “medianidade”. Gostaria de “balançar o galho” da rotina, de mudar o statu quo, de fazer algo inusitado... mas como, quando, onde e com quem? Quando acabaria o confinamento voluntário, porém compulsório, se quisesse continuar viva? Estava cansada da solitude.

Certo dia, saiu de casa com o duplo objetivo: caminhada e banho de sol. Ao atravessar a praça, diante do edifício, tropeçou em um paralelepípedo, desequilibrou-se e estatelou-se no chão. Um senhor, assentado em um banco, à sombra de uma árvore e mergulhado na leitura de um jornal, assustou-se com o barulho e se ofereceu para ajudá-la. Não era nada grave. Mesmo assim, com ares de preocupação, quis chamar uma ambulância. Ela recusou, gentilmente. Queria distância de hospitais, estando todos eles lotados e infestados do vírus corona que já havia matado mais de dois milhões de pessoas em apenas onze meses. Ele fez questão de acompanhá-la à casa. Maria tinha a sensação de tê-lo visto algumas vezes, mas não conseguia se lembrar de onde nem de quando. Seu semblante não lhe era estranho. Andaram lado a lado, mantendo o devido distanciamento um do outro, usando máscaras. Conversaram sobre amenidades, até se aproximarem da portaria do edifício onde ela morava. Coincidentemente ambos residiam no mesmo prédio; ela no terceiro andar; ele, no sétimo. Despediram-se cortesmente, sem delongas, não sem antes se identificarem.  Ele se chamava Yvo Abrantes.

No dia seguinte, Soledade assuntou com o porteiro sobre seu novo conhecido. Soube que era arredio, introvertido, de pouca prosa, ou pior: de prosa alguma. Por isso, segundo o porteiro, era chamado pelos condôminos de Yvo Esquivo.

 Soledade não viu nenhuma sombra de misantropia em seu interlocutor. Ao contrário: era afável, dir-se-ia um gentleman. Soube que era um desembargador aposentado, muito respeitado profissionalmente. Vivia solitário após a viuvez e, como Soledade, tinha filhos espalhados ao deus-dará, sempre ausentes. Sua mulher tinha partido vítima da covid, na primeira onda, havia menos de um ano. Durante a pandemia, era aconselhável que idosos não se aproximassem de filhos, nem de netos. Estes eram mais resistentes, mas podiam ser portadores do vírus. Yvo Esquivo e Maria Soledade estavam fadados à solidão. Não se aproximavam nem dos vizinhos. Todos estariam infectados até prova em contrário.

Dias depois, durante a caminhada diária para o banho de sol (vitamina D para aumentar a imunidade), lá estava ele, no mesmo banco, de máscara, lendo um livro. Ela se aproximou, cumprimentou-o, mas evitou incomodá-lo.

− Por que tanta pressa? − Perguntou-lhe ele. − Sente-se um pouco para descansar. Pode se aproximar. Prometo que não mordo. Ele soltou uma bela gargalhada e com isso o gelo se quebrou. Prosearam por cerca de meia-hora e combinaram de caminhar no calçadão da praia, no dia seguinte. A partir de então, dia sim dia não, caminhavam e, eventualmente, paravam para uma água de coco gelada, no quiosque mais próximo.

Em uma dessas caminhadas, a gastronomia veio à baila. Ele manifestou suas preferências por frutos do mar. Maria também apreciava sobremaneira esse tipo de culinária. Um lampejo passou por sua mente: juntar as duas solidões para um jantarzinho descomprometido. Se ambos estavam confinados havia tanto tempo, um não representaria perigo para o outro. Dito e feito. Preparou uma torta capixaba, como entrada, e uma moqueca de lagosta como prato principal. Após algumas taças de vinho, Yvo Esquivo perdeu a “esquivez”. Mostrou seu lado inteligente e perspicaz. Ele podia ser arredio com os condôminos, como se dizia pelos corredores, mas ali, diante dela, ele era uma pessoa falante, lúcida e sobretudo muito culta. Conversaram sobre os mais variados assuntos: cinema, música, literatura, viagens... Enfim, uma soirée extremamente agradável. Na semana seguinte, foi a vez de ele mostrar seus dotes culinários. Como entrada, serviu alguns acepipes, acompanhados por um champanhe original da região de Champagne. Preparou para ambos um Rôti de veau aux fines herbes, acompanhado de vinho tinto, da região de Bordeaux.

 Com o tempo, a amizade foi se estreitando e o distanciamento foi diminuindo. Os encontros noturnos eram cada vez mais agradáveis e mais produtivos. Acabaram fazendo uma programação noturna semanal. Às segundas-feiras, viam um bom filme, seguido de conversas sobre o cineasta e sua obra; às terças, jantar gastronômico, com cardápio escolhido previamente; às quartas-feiras, discutiam um bom livro escolhido com antecedência; às quintas-feiras, audição musical de ambas as preferências; às sextas- feiras, sairiam para um bom restaurante, não fosse a pandemia. Deixaram a noite de sexta em aberto, para alguma eventualidade. Os finais de semana seriam reservados às famílias, na esperança de que alguma vacina acabasse logo com o confinamento.

 Aquele estreitamento de amizade, totalmente inusitado e talvez até condenável, durante o tão propalado “distanciamento social”, transformou-se em doce rotina. Soledade quis animar mais os encontros. Sugeriu que as noitadas reservadas ao cinema e à literatura fossem em pequeno grupo de confinados, da mesma faixa etária. Não representariam perigo. Decidiram convidar dois vizinhos solitários. Ambos aceitaram prontamente. O que todos mais queriam era justamente ver gente, conversar, mesmo que não pudessem se aproximar, nem se tocar. Bons tempos aqueles em que se podia abraçar um amigo, um filho, um neto... Bons tempos dos apertos de mãos, das beijocas nas faces, para cumprimentar e despedir... Era coisa do passado.

 As normas sanitárias assim como as normas dos encontros foram estabelecidas pelo pequeno grupo. Semanalmente, todos assistiriam ao mesmo filme e leriam o mesmo livro para um “debate-papo”. A cada dia, um dos quatro ficaria encarregado de presidir o evento e de conduzir o debate.  Sucesso total. Cada um fazia questão de brindar o grupo com petiscos saborosos e coquetéis exóticos. Ocupavam uma grande mesa redonda, ao ar livre, no varandão de Soledade, de modo que mantinham o malfadado distanciamento. Como não podiam viajar fisicamente, embarcariam no tempo mítico da literatura e do cinema para evasão da “madrastez” do cotidiano.

 Yvo propôs a todos uma viagem internacional, para quando as fronteiras aéreas se reabrissem e todos perdessem o “medo miúdo da morte”. Um dia aquele pesadelo teria fim. Tudo tem um fim. Ou não? Manifestaram o desejo de visitar a belíssima tríade do Leste europeu: Viena, Praga e Budapeste. Aguardariam a abertura das fronteiras. Estavam habituados à espera. Aliás, esperar era o verbo mais usado no dia a dia, desde o início do flagelo.

Não suportavam mais as notícias midiáticas. Tragédias e mais tragédias. Faltavam vagas nos hospitais e nos cemitérios. Várias vacinas em fase de testes estavam sendo aguardadas, mundo afora. Os idosos ficariam em segundo plano para a vacinação. Primeiramente os profissionais da saúde, estes com altíssima taxa de mortalidade, devido à maior exposição ao perigo. Segundo informações, seria precisa uma segunda dose e manter-se ainda isolado durante determinado tempo, para que a vacina surtisse efeito.

 Com a monotonia do confinamento, Yvo e Soledade perceberam o quanto o ser humano é gregário. Não suporta viver isolado. Desde que se conheceram, a vida de ambos ganhou colorido e vitalidade. Estavam sempre às voltas com a escolha dos próximos livros e dos próximos filmes. Tudo era feito pela internet. Optavam por livros de domínio público e por filmes da Netflix. A viagem era feita sem sair de casa, sem se levantar do canapé. Uma nova rotina, bem mais agradável que a anterior.

 Certa manhã, Soledade se preparava para a caminhada. Haviam combinado de se encontrar no mesmo banco da mesma praça. Subitamente, ouviu o ruído de frenagem brusca, no asfalto, acompanhado de um barulho rouco, de colisão. Olhou pela janela e percebeu um corre-corre. Como estava prestes a descer, mataria a curiosidade do acontecido em poucos minutos. Ao chegar à portaria do prédio, ouviu uma sirene e, logo após, avistou um corpo estendido numa padiola, sendo colocado dentro de uma ambulância. Como estava um pouquinho atrasada, esquivou-se da aglomeração e se dirigiu à praça, onde era aguardada. Banco vazio. Olhou no entorno, deu uma volta, em vão. Abancou-se. Aguardou até se cansar, tentando espantar as caraminholas que infestavam sua cabeça. O banco continuaria vazio. Para sempre.

Jô Drumond

Fevereiro de 2021


COMENTÁRIO DOS LEITORES 

CONTO: “SOLIDÃO COMPARTILHADA”

 

JOSÉ CARLOS MATTEDI – VITÓRIA - ES

"Jô tem um estilo que aprecio muito. Narrativa leve e inteligente. Neste conto não fugiu à regra. Me vi na situação das personagens diante da 'solidão' imposta pela pandemia e diante dos medos e fantasmas que voltaram a nos atormentar. Confesso que esperava um outro final, mais otimista. Até imaginei o casal saindo pelo mundo tipo "sem destino", dando uma banana para a solidão. Mas a nossa autora foi cirúrgica, encerrando a história de acordo com esses tempos nebulosos. Mas acredito que a esperança ocupou o banco vazio... Fraterno abraço".

JC Mattedi


CACAU MONJARDIM – VITÓRIA - ES

Prezada Jô,

Que bom que você com a sua sensibilidade peculiar traçou um perfil desta fase terrível e tão vazia de encontros e convivências, principalmente, as nossas, na trajetória cultural e social. 

Meu abraço pela produção de uma solidão compartilhada. 


MIRIAM TRISTÃO – VILA VELHA - ES

Boa noite Jô

Quero agradecer muitíssimo pelo ótimo Conto "Solidão Compartilhada" que nos enviou, e também por nos dar oportunidade de conhecer e compartilhar seu excelente Blog.

Mande sempre. gostamos muito de seus livros de crônicas, contos, versos etc.

Grande abraço

          Miriam e Adilson

 

MARCOS TAVARES – VITÓRIA - ES

Li o seu conto -crônica "Solidão Compartilhada".

Um outro título poderia ser aquele, nelsonrodrigueano : A Vida como Ela É .

Compartilho desse tristemente belo desfecho: 

"Abancou-se. Aguardou até se cansar, tentando espantar as caraminholas que infestavam sua cabeça. O banco continuaria vazio. Para sempre."

Assim é a vida. 

Dentre outras, de que muito apreciei, ora destaco essas expressões: 

Sentia o peso da “soledade”. 

evasão da “madrastez” do cotidiano.

Dessa outra não achei conveniente o verbo: amarrar seu viver. 

No todo, mais um texto ilustrativo da realidade: a solidão e o desfecho após a esperança.

"C’est  la vie" , diriam os francófonos.

Vou enviar esse para um amigo-colega. Ele se verá em ambos os personagens. Espero que com ele seja menos pior o the end. 

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PEDRO SEVYLHA - ESPANHA

Bon Día, amiga. Leí tu relato deleitándome en las palabras y en el conjunto. Aprendo modos nuevos en tus escritos. Vas creando el ambiente despacio, sin prisas. Imagino las personas y el entorno cambiante, vivo sus sentimientos. Avanzo con los personajes en su avance. Me emociono con ellos, con su acercamiento, con sus reuniones, con sus almuerzos y discusiones intelectuales. Llego a Francia para regresar a Brasil. El final es esperado, pero de otra manera. Escrito así, de esa forma tan original, me dio pena, mucha pena.

En definitiva, maestría en la escritura y delicia para el lector.

Abraço

Pedro

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LOURDINHA  PEREIRA – BRASÍLIA – DF

Jô, adorei “Solidão compartilhada” e me diverti muito com a crônica. As comparações com a realidade de hoje associadas aos relatos foram muito bem colocadas... ADOREI! Muito orgulho de você

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ANATILDES NUNES – GUIMARÂNIA - MG

Jô, querida. História bonita e relato oportuno. Exemplo de Solidariedade para viver melhor esses dias de pandemia. Parabéns. Continue escrevendo. Seus contos fazem bem a todos que têm a felicidade de os ler. Bjs da Madrinha.

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CHANTAL RABY – MONBAZILLAC - FRANÇA

 

Je ne sais pas si ma réponse est partie....ton texte est plaisant, voire même émouvant trop beau et à la fois trop triste.

Merci!

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OSCAR GAMA FILHO – VITÓRIA - ES

Belíssimo conto. Domina com perfeição a arte literária, pós-doutora que é. Contudo, achei o final muito previsível, comum a contos de "arte". Acho que o entorno daria à luz, na coda, a algum realismo mágico, um encanto qualquer, para adoçar a pandemia. Subirem aos céus de mãos dadas, para um passeio eterno, talvez, pela comunhão dos santos O ritmo lento, bucólico, tornou-se rápido demais, abrupto e vago, confiando na inteligência do leitor. A expressão "para sempre" é uma saída fácil, indigna de você. Eu a omitiria. Ficou fácil demais e meio amargo.

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JEANNE BILICH – VITÓRIA - ES

Parabens, Jô! 👏👏👏

Gostei muitissimo! Delícia de se ler e até mesmo inteligente e sutil sugestão de prazerosa iniciativa de “convívio” - cauteloso & prudente - para aqueles que amam ler e são cinéfilos.

Prática saborosa, aliás, que já venho adotando nesses tempos “pandêmicos” com um grupelho (4 ou 5) de queridos & “pensantes” (rsrs) amigos. Vorazes leitores & cinéfilos apaixonados.

E tb destaco o final da deliciosa narrativa - nada piegas, ou seja, deixando de investir num tardio banal “romance de terceira idade” eclodido entre os 2 personagens, mas, sim, colocando

Ponto Final na história de modo realista, inteligente, criativo e belo!

Sim, porque as “artes do fortuito” - ainda que seja uma manifestação do Sr. Thanatos - tb não deixa de ser Arte & Beleza!

Afinal, “Todos os homens são mortais” como nos lembra o título do ótimo livro da imortal Simone de Beauvoir. Beijos 💋💋💋e ratifico meus mais sinceros cumprimentos à amiga e talentosa escritora Jô Drumond.

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MARILENA SONEGHET- BARRA DO JUCU - ES

Oi, querida, como sempre, um conto muito bem escrito e descrito. Nunca li um conto tão “redondinho”.  Como um destino bem traçado do começo ao fim – não falta nada, não sobra nada. Seu estilo é claro, límpido. Gosto muito!

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JOSÉ EDUARDO OLIVEIRA – PATOS DE MINAS - MG

Muito lindo e comovente, não fosse o final, já presumia que seria trágico, mas não por um acidente de carro.  Me enganou. 

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LUCILENE BOGADO

Oi Jô querida! Amei o conto, apesar do final ser triste. .. . Curto tudo que escreve! Adoraria continuar recebendo suas produções!

Um grande abraço e saudades!

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ÍTALO CAMPOS – VITÓRIA - ES

A vida não é previsível e controlável.

Aproveitemos os bons momentos.

Um escorregão, um vento mais forte e puf, nossa 🔥 chama apaga.

Parabéns pelo conto que nos provoca o baque.

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JOSÉ FARIA NUNES – BRASÍLIA - DF

Gostei muito de seu conto. Parabéns!! Português corretíssimo e mensagem de vida espetacular!!! Solidão não faz ninguém feliz!!!... Abraços...

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ROGÉRIO FARIA TAVARES – BELO HORIZONTE - MG

Querida Jô,

Terminei agora a leitura de seu terno e delicado conto.

É linda a história de Soledade, embora o final, com a trágica morte (presumida) do desembargador Esquivo, seja de uma tristeza imensa 

Mas a vida é assim...

A felicidade é feita de momentos...

Obrigado pelo presente!

Com um abraço fraterno 

Rogério 

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ADRIANA (AQUARELISTA) – VITÓRIA - ES

Arrepiada aqui.. lindo conto, vc escreve com maestria, amo.

Somos todos Joões e Marias.... que precisaremos em algum momento reescrever nossa história. Dar sentido ao nosso caminhar e ter coragem de seguir em frente. Esta pandemia servirá para darmos valor ao que realmente importa... a amizade, o companheirismo, a solidariedade ...enfim...solidão não significa estar só, mas vazio, sem esperança. Amei!!!

Obrigada por me presentear com seus contos, com sua maneira clara e alegre de preencher nosso cotidiano.

👏🏼🙌🏼❤🥰🥰🥰😘😘😘

Obrigada por me presentear com sua forma única de contar um conto. Adoro!! 🥰😘

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BETH CORREIA – BELO HORIZONTE - MG

Parabéns, Jô!

Muito bom, o seu conto!

Me faz lembrar o romance A Elegância do Ouriço.

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FRANCISCO CARNEIRO DA CUNHA

Para escaparem à morte da covid-19 que como diária ameaça a todos ronda no Brasil e alhures, Maria de Soledade e Ivo Abrantes destinados a uma comunhão sem os ardores da paixão que suas idades e semelhantes temperamentos não mais permitem, senão a um encontro amoroso pacífico que certamente os livraria de sua solidão então compartilhada, eles acabam topando com a derradeira que rouba Ivo de Maria mediante um desastre de carro banal em nosso país, em oposição ao destino cruel da pandemia, deixando-a mais solitária do que nunca quando no ocaso de sua vida tudo de bom lhe parecia mais do que possível, inevitável.

Desconheço teus outros contos, mas este a meu ver se pauta por uma ironia propriamente feroz...Concorda?

Grande abraço,

Francisco

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LUIS ANDRÉ NEPOMUCENO – PATOS DE MINAS – MG

Muito interessante o conto. Desfecho trágico, impactante e inesperado. Difícil pensar em desfechos diferentes nessa época em que o ser humano se sente inteiramente aprisionado a seus medos e ansiedades. A leitura é fluente e capaz de prender o leitor. Imaginei todos os tipos de continuidade, menos a que você pensou. Muito obrigado por compartilhar.

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SAMUEL MALHEIROS – VITÓRIA - ES

Jô, descrição de realismo contundente a que você acaba de fazer a respeito da densa atmosfera de solidão em que nos envolveu esse vírus devastador. Você mostra, porém, que o encontro de duas sensibilidades pode acender uma luzinha a indicar a possibilidade de superação da solidão. Infelizmente a fatalidade veio e apagou a luzinha.

 

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RAFAEL VALADÃO – BELO HORIZONTE - MG

Oi Tia Jô! Obrigado por compartilhar! História muito legal e bem contada...leitura tão envolvente que, qdo chegamos no final, dá um aperto no coração ao saber que banco não voltará a ser ocupado pelo companheiro...

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PEDRO NUNES – VITÓRIA - ES

Jô, querida, obrigado. Uma bela narrativa que nos integra nela, não só pela idade, mas por causa desse isolamento obrigatório. Há mais de ano não vejo direito minha filha. Esperava um destino melhor para Soledade e Yvo, mas é o conto, é a vida. Obrigado pela oportunidade de ler seu conto.

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SUMAN GAETNER – VILA VELHA - ES

Triste e sem final feliz. Parece um bom alerta para continuar em "soledade", mesmo que o destino o tivesse jogado na frente de um carro e não em asfixia lenta no hospital. Ele teve sorte e o final do pior, foi o melhor. Ou não?

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NILDA NUNES – PATOS DE M INAS - MG

A acabei de apreciar seu texto. Gostei do seu estilo. Detalhes importantes colocados com primor e arte. Foi um momento agradável que passei envolta na leitura. Se eu pudesse, mudaria o final. D Maria feliz com uma rotina pra lá de feliz.

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LEA FURTADO – VITÓRIA - ES

Adorei, mas gostaria de um final feliz; o de poder curtir alguém com quem ela poderia dividir suas experiências de vida.

Obrigada!

" A vida como ela é "....

👍👏👏👏😍

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NEUSA SERRANO – RIBEIRÃO DO CRISTO - ES

Li o conto "Solidão Compartilhada" e fiquei triste com o final. Estava feliz por Soledade ter encontrado uma companhia para alegrar seu isolamento. Mas sabemos que essa pandemia está sendo muito cruel. Inesperadamente, tem levado pessoas queridas, familiares, amigos, conhecidos. Soledade se viu só novamente. 😔

 

MARIA JOSÉ NUNES – PATOS DE MINAS - MG

Jô, é  bom demais ler o que escreve. Sua linguagem de fácil compreensão. Parabéns  pela artista que vc é. Um abraço

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MARILDA DIAS – PATOS DE MINAS - MG

O conto é lindo, mas não poderia ter um final feliz? Eu fiquei empolgada com o texto e esperava pelo que aconteceria ao final, pois os dois estavam dando um novo rumo em suas vidas solitárias. Mas, gostei muito. Parabéns. Um abraço virtual.