terça-feira, 2 de março de 2021

ENGANANDO A MORTE

 

“...cantaremos o medo da morte

e o medo de depois da  morte.
Depois morreremos de medo

e sobre nossos túmulos

nascerão flores amarelas e medrosas.”

Drummond

 

 Desde que se nasce, o primeiro passo já é, inexoravelmente, em direção à morte. Há os que nem chegam a nascer, como foi o caso de meu irmão. Antes de ver a luz, embrenhou-se nas trevas, devido à ignorância daqueles que usaram um produto altamente tóxico para dedetizar a residência, sem atentar para o efeito letal sobre o feto.  Sua causa mortis, ainda dentro do ventre materno, no nono mês de gestação: intoxicação por BHC. Eu era muito pequena, mas retive na memória a nítida imagem de um minúsculo caixão, sobre uma mesa, no centro da sala de visitas. Quando o tiraram para o enterro, eu o abracei, chorei e esperneei para que não levassem minha nova bonequinha. Não tinha entendimento da perda de um irmão, mas senti a desolação da perda da boneca.

Neste mês de março de 2021, a pandemia do coronavírus, atinge o mais alto índice mortífero no Brasil. Computa-se, atualmente, uma morte por minuto. Os gráficos estatísticos não param de subir, enquanto a vacina vem a passos de tartaruga. Cerca de 255.000 brasileiros já se foram. Em todo o mundo, cerca de três milhões de vidas levadas pela mão da “ceifadora”.

É um bom momento para refletirmos sobre a vida e sobretudo sobre o medo da morte. Há um vídeo circulando atualmente na internet e uma clássica película cinematográfica que retratam alegoricamente a morte e criam um desafio entre um vivente e “a indesejada das gentes”. Esta insiste em levá-lo. Aquele, por sua vez, recusa-se a acompanhá-la. Vejamos resumidamente as duas fabulações:

No vídeo, um matuto conhecido vulgarmente como Zé Prequeté, volta de uma festa em plena madrugada. Cavalga sozinho, em noite sem luar, por uma estrada deserta, carregando sua viola dentro de um saco. Na escuridão da noite, vislumbra tênue luminosidade no caminho. Ao se aproximar, percebe velas acesas, em plena encruzilhada. Acha aquilo deveras estranho.  Mais estranha ainda é uma figura toda vestida de preto, como se esperasse alguém. Meio encabulado, decide primar pela cortesia.

− Boas noites. Posso ajudar? O que fazes a essa hora, em tão ermo lugar?

− Estava à tua espera.

− Pois não. Quanta honra!

−Vim para te levar comigo numa viagem sem volta, mas, como aprecio por demais uma viola, proponho um desafio. Vamos ver quem toca melhor. Se eu ganhar, tu vais comigo. Se eu perder, tu ficas.

− Agradeço a gentileza, mas não posso aceitar o desafio. Tenho pressa. Minha patroa está à minha espera.

− Não aceito recusa.

Zé Prequeté olha a figura de cima a baixo. É impossível visualizar a face, parcialmente encoberta por um capuz negro. Poderia ser um de seus amigos querendo lhe pregar uma peça.

Caso não seja um deles – matuta o cavaleiro – quem poderá ser? Talvez um “filho da mãe” qualquer, querendo me assustar ou me assaltar.

− Não estou reconhecendo tua voz. Quem és tu, caro vivente?

− Não sou vivente. Sou Lúcifer, o anjo da luz.

− Todo de preto, não serias anjo das trevas?

Zé Prequeté leva a abordagem na brincadeira, mas, ao olhar detidamente o estranho, percebe que, em lugar das botas, há um par de cascos de bode. Sente um frio na barriga, um frêmito no corpo, mas finge tranquilidade.

− Ô amigo Lúcifer, se quiseres, posso deixar a viola contigo, mas, como disse, tenho pressa de chegar. Toma! Ela é toda tua.

− Pensas que me engambelas? Começo, então, o desafio.

O estranho pega a viola e toca uma música totalmente desconhecida. Depois, Zé toca certa modinha com malabarismos inauditos nas sete cordas. O “de preto” não se dá por vencido.

− Achas que me enganas com essas brincadeirinhas? Quero ver se consegues tocar com a viola nas costas. 

O matuto coloca o instrumento sobre as espáduas, abaixa a cabeça e toca perfeitamente. Destarte, consegue se livrar daquele encosto, pelo menos por ora.

Essa fabulação é muito parecida com a do filme O sétimo selo, obra-prima cinematográfica de 1957, do diretor e roteirista sueco Ingmar Bergman (1918/2007). O tema principal é a questão do medo da morte. Não no contexto de uma pandemia do século XXI, mas de outro similar, da peste negra, na Idade Média. O protagonista, um cavaleiro templário que retorna a casa depois de dez anos, encontra a peste e a morte em sua terra.

No filme, não há encruzilhada, nem velas, como no vídeo. Em uma praia deserta, o protagonista encontra um cavaleiro também de preto, de cara muito pálida. Reconhece imediatamente a figura da Morte que surge para levá-lo. Lembra-se de ter ouvido que a Morte seria uma enxadrista contumaz. Tenta então uma estratégia para escapar de suas garras. Ele a desafia para uma partida de xadrez. Se perdesse, ele se deixaria levar. Se ganhasse continuaria vivo. Ela aceita, porém o adverte:

− Não adianta postergar a partida. Mais cedo ou mais tarde, você virá comigo.

− Eu sei disso, mas não agora. Quero ganhar tempo.

O jogo proposto pelo protagonista seria uma metáfora para levar o espectador a refletir sobre as emoções humanas, os mistérios e a efemeridade da vida. Esse filme, altamente filosófico e simbólico, aborda os questionamentos do ser humano a respeito da morte. Se você a encontrasse, como reagiria? O que faria? Se pudesse dialogar com ela, o que lhe diria?

A partida de xadrez começa na praia. Trata-se de uma das cenas mais célebres do cinema. Como a partida não se conclui, a Morte volta a visitá-lo por diversas vezes para continuarem o jogo. Antonius Block não perde nunca, devido a certas jogadas, de cujo segredo é o único detentor. A “sedutora do além” não se dá por vencida. Ela também tem suas estratégias.

Certo dia, Block decide se confessar. Ajoelha-se diante da treliça de um confessionário e relata ao padre o desafio entre ele e a Morte. O confessor quis saber qual seria a jogada magistral para vencer sempre. Ele lhe revela seu segredo. Nesse momento, a câmera focaliza a cara de contentamento do falso confessor. Era a própria “dama da foice” que ouvia sua confissão. Na partida seguinte, o “homem de preto” dá o xeque-mate. Evidentemente, não há escapatória para Antonius.

Na iminência da morte, a busca de sentido para a vida é uma questão que sempre atormentou a humanidade. Suponho que, justamente a partir dessa questão fulcral, tenham surgido um sem número de religiões e crendices, cada uma tentando, à sua maneira, explicar o inexplicável, com o intuito de trazer conforto espiritual e tranquilidade aos humanos.

Esse ponto de interrogação deixou de me amofinar após ter ouvido de um professor metido a filósofo que o homo sapiens é uma aberração da natureza. Eu nunca havia pensado nisso. É bastante plausível. Nosso grande problema talvez seja a cognição. Se não a tivéssemos, tudo seria tão simples! Viveríamos por viver, sem filosofices, sem crendices, como as plantas e os animais “ditos” irracionais. O poeta Fernando Pessoa (1888/1935), em um de seus poemas, demonstra o desejo de ser como as flores: “Elas existem porque existem”, sem questionamento algum.

O ser questionador, segundo Albert Camus (1913/1960), é o “homem absurdo”. Na filosofia do absurdo, Camus focaliza exatamente o conflito entre a tendência humana de buscar significado inerente à vida e a inabilidade para encontrá-lo em um universo caótico, desconexo e ininteligível.

Temos ciência de que o empenho em postergar a morte é comum a todos, com raras exceções, como no caso dos suicidas. Há um longo poema de Drummond (1902/1987), no qual ele dialoga com a morte e aceita ser levado por ela... “mas que não seja agora”.. Todas as estrofes terminam com esse bordão mostrando claramente o que se passa com cada um de nós. Sabemos que a morte virá um dia. Não há como evitá-la, mas tentamos postergá-la por todos os meios. Acometido por uma doença qualquer, lançamos mão de toda sorte de medicamentos, chás, “benzeções“ e até mesmo de cirurgias. No afã de salvar vidas, os médicos trabalham na contramão dos desígnios da Divina Providência. Esta envia a doença ou convoca alguém para a morada eterna, aqueles tentam a cura e/ou o adiamento da partida. Mais cedo ou mais tarde, sem pedir licença, ela cruza o caminho de todos nós. Como dizia meu avô, “depois de certa idade a gente vive tapeando a morte”.

Para o fechamento destas lúgubres elucubrações, versos do Grande poeta português Fernando Pessoa sobre o mesmo tema. 

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma...

Jô Drumond

01-03-2021

 

RETORNO DA CRÔNICA  ‘ENGANANDO A MORTE’

 JOSÉ EDUARDO DE OLIVEIRA – PATOS DE MINAS - MG

Paradoxalmente, a vida é bela porque a morte é feia e certa. E citando ainda, Pessoa, não me venham com conclusões, a única conclusão é morrer!


SAMUEL MALHEIROS – VITÓRIA - ES

Jô acabo de ler sua crônica. Inspirada reflexão sobre tema que vem desde sempre intrigando os humanos. Exemplo de como tornar leve a leitura sobre realidades tão pesadas.

Uma observação Jô se me permite: Penso que o grande problema do Sapiens não é a cognição mas a consciência. Essa é a criadora de todos os problemas.


JEAN-LOUIS BOSSAVIT – MONBAZILLAC - FRANÇA

Cara Jô

Merci pour ce texte qui a l'habileté d'être pris entre les mots de Drumond et ceux de mon Frère Fernando Pessoa, qui sont bien apaisants. Bien sûr la réflexion autour de la mort est présente dans l'esprit de tous dans cette période terrible. Je pense aussi que notre société, au sens le plus général d'Humanité, avait aussi peut être besoin de réfléchir sur cette question que toute notre civilisation a tendance à oublier, ou à  laisser de côté ou à faire croire qu'elle n'existe pas. Le cheminement de l'Histoire du monde avec ses intervalles de guerres, de catastrophes naturelles et d'épidémies, nous renvoie régulièrement  à ce qui est inexorable et c'est bien ainsi .

Ceci me fait penser à ce fameux conte persan, que je me risque à résumer dans le portugais écrit qui me reste!

Lembramos a história deste vizir do califa de Bagdá que, uma manhã, nas ruas da sua cidade, vê a Morte, que fixa o olhar nele. Muito perturbado, o vizir pede ao califa para fugir da cidade, pegando seu cavalo mais ligeiro para se refugiar esta mesma noite,  em Samarcanda. O califa aceitou e depois,  quanto a seu hábito, decidiu caminhar incógnito pelas ruas da cidade. Ele encontrou a Morte e perguntou: "Por que você aterrorizou meu joven vizir esta manhã, olhando para ele? ameaçadora? " A Morte respondeu: "Não era um olhar ameaçador, mas só um olhar surpreso  porque eu não esperava vê-lo aqui em Bagdá esta manhã. Tenho um encontro com ele,   esta noite, em Samarcanda ".

Très amicalement

Jean Louis


JOSÉ HUMBERTO FAGUNDES – PRETÓRIA – ÁFRICA DO SUL

Não há como discordar de Pessoa nos versos que encerram seu texto. Aliás, que acrescenta significado ao postergamento. Lições, dear Jô, que lembram que a vida sempre vale a pena quando a “alma não é pequena”. Obrigado!


ABEL FARIA - BRASÍLIA - DF

Boa tarde Jô!!! Tudo de bom!!

Pois então!!! Fez me lembrar prontamente versos do poeta Augusto dos Anjos que viveu 30 anos e abominou o destino da morte para toda a humanidade, considerado o poeta triste.

E também os belos versos do Manoel de Barros, poeta da insignificância das coisas, que mais se aproxima em viver enquanto vivo e aceitar que é assim mesmo pela própria natureza.

Confesso a você que às vezes me encontro absorto e espantado com a vida tênue de todos nós.

Com a pandemia, houve um acordar de muitas pessoas, do significado dessa nossa "morada ligeira"" como disse o Clênio Pereira, outro amigo poeta que viveu 27 anos.

Kkk... Chega. !!

Parabéns, outra crônica de registro desse tempo atual.

Bom final de semana. Abraço!


CHANTAL RABY – MONBAZILLAC - FRANÇA

bonjour jo

je viens de lire ta longue réflexion sur la mort. Comme tu le dis, des la naissance, nous entamons le chemin vers la mort. Il ne faut pas avoir peur de la mort. Elle fait partie de la vie mais comme le dit très justement le poète "pas maintenant". Parce qu'en chacun de nous il y a l'amour de la vie (voir comment quelqu'un qui écrit ses dernières volontés et demande à mourir sans acharnement pour le maintenir en vie, et bien au final cette personne se bat jusqu'au bout pour ne pas mourir "maintenant")

J'ai fait la paix avec l'idée de la mort. D'abord dans la première moitié de ma vie, j'ai considéré que j'étais jeune et cette idée n'était pas pour moi. Ensuite je l'ai frôlée a plusieurs reprises mais je me suis battue pour que ce ne soit pas "maintenant ". Et dans ma tête ça ne pouvait pas être "maintenant". Puis, vers les 70 ans donc troisième âge, je lui ai fait de l'œil un jour aux urgences, au point de supplier mon mari de dire aux enfants combien je les avais aimés. Et puis, miracle, ce ne fut pas "maintenant". Et depuis je sais que je vais mourir mais je ne sais pas quand ; alors je goute chaque instant comme un cadeau, je range mes affaires, je classe mes photos, je peins et je distribue mes tableaux à ma nombreuse famille, j'écris des textes humoristiques à mes amis sur ma façon de voir la vie. Je vais t'en envoyer quelques-uns ; je fabrique des objets, je peins des meubles pour les uns ou les autres. Je mets à jour les recettes de cuisine qui ont fait le bonheur des enfants. Bref, je tente de laisser mon empreinte, et je transmets tout ce que je peux. Curieusement je n'ai pas encore eu envie, maintenant, de planter un arbre fruitier. C'est trop long et je n'en verrai jamais les premiers fruits. Quoique ......je me plais à imaginer parfois vivre jusqu'à 95 ans, qui sait ......Verrai je les jumelles de Sophie "namorar". Déjà je garde chez moi mes arrières petites filles. Chaque matin j'ai mal quelque part, mais jamais au même endroit. Chaque matin je me dis qu'il faut que je fasse ceci ou celà; je mesure mes projets à court terme suivant leur faisabilité .

Tout ça, c'était jusqu'à l'an dernier

Puis est arrivée cette foutue pandémie. J'ai appliqué les mesures très strictes de prudence dès le début et suis restée "confinée" une année entière, sans recevoir ni aller chez personne, sans embrasser ni voir aucun de mes enfants et petits-enfants. Ce fut une année entière de vie perdue. Mais enfin la vaccination est arrivée en commençant par les vieux de plus de 75 ans ; Ce fut une délivrance absolue mais à quoi cela sert vraiment si les autres ne sont pas encore vaccinés ? donc nous nous battons pour convaincre les indécis. Car bizarrement jo, en France, ce sont maintenant les soignants, les personnels de santé, beaucoup de médecins, et une partie des gens, qui sont les contaminateurs. Malheur à toi si tu as besoin d'entrer à l’hôpital pour tout autre chose, tu risques d'être contaminé par ton infirmière ; Seulement un tiers de tout le personnel médical français accepte de se faire vacciner ! Nous avons eu cette semaine un million de doses d’Astra Zenica qui sont restées dans les frigos faute de personnes à vacciner dans les personnels de santé, puisque c'étaient leurs doses... Vous avez votre scandale au Brésil, nous avons le nôtre. Heureusement, Macron n'est pas Bolsonaro et on se demande comment les brésiliens vont s'en sortir avec un pareil idiot ; Ici il est question de rendre le vaccin obligatoire pour le personnel soignant. On ne peut pas encore le rendre obligatoire pour la population parce que la France qui a une tradition de liberté démocratique, ne l'accepterait pas. 

Donc oui, cette fois ci tout le monde a vu la mort de près. Mais souvent sans en avoir eu conscience. je comprends ce que tu racontes au début de ta nouvelle ; mais a l’âge que tu avais, on ne sait pas ce que c'est que la mort .

Bon écoute Jo, lire en français est un exercice parfois difficile parce que nous avons des expressions et des mots peu employés. Je t'enverrai si tu le souhaites des récits humoristiques que je fais de temps en temps pour mes amis…

je t'embrasse

Chantal


SANDRO DECOTIGNIES - DUNQUERQUE -FRANÇA

Em tempos de necropolítica, nada mais necessário que uma reflexão sobre aquela que vamos todos encontrar...


NILDA NUNES – PATOS DE MINAS - MG

Boa tarde, tia Jô! Gostei muito do texto. Apesar do tema, ele nos mostra tranquilidade ao mexer e remexer com as palavras pra colorir o texto. Mostra que a escritora é muito culta e pesquisa com determinação pra informar o leitor sobre o tema. Muito obrigada por nos informar e formar nossas mentes na leitura. Bjos


MARIA JOSÉ NUNES – PATOS DE MINAS - MG

Como sempre, adoro o que escreve.

Não achei lúgubre.

Gosto de filmes policiais em que o bem vence o mal. Foi uma pena, a danada da morte enganar Antonius no confessionário, acabando por levá-lo.

Quanto ao filme, deve ser muito interessante. A verdade é que, à medida em que os anos vão passando, normalmente ela chega, querendo ou não. Enquanto pudermos prolongar a vida usaremos de todos os artifícios ao nosso alcance.

Discordo de Fernando Pessoa ao escrever que sente alegria em saber que a morte dele não fará falta a ninguém.

Nós, humanos, temos raízes. Quando morre seu pai, mãe, irmão vc continua a viver mas aquela pessoa deixa em nosso coração uma saudade. Acostumamos com a ausência, mas a falta fica. Que saudade sinto dos meus. Minha mãe me faz falta nos conselhos, nas conversas.

Enfim, acabei escrevendo mais que a autora. Parabéns. Adorei. Beijos


ROSANE MORCEF – VITÓRIA - ES

Jô, infelizmente não estamos preparados para o que seria uma coisa tão natural (a morte).

O sentimento de perder uma pessoa querida, amada, companheira nos deixa como se um buraco se abrisse e você não pode fazer nada.

Mas, muito confiante no amor que sinto por Deus e graças às correntes de orações me sentia mais confortada, quando estive infectada pelo coronavírus. Nunca, em momento algum, perdi as esperanças.


MARIA DA PENHA – MATHILDE - ES

Jo seu texto é interessante pra valer! riquíssimo, criativo, informativo carregado de nuanças que brincam com nosso imaginário nos levando aonde você quer. E , olha isso... parte de vivências suas. Que riqueza. Fico a pensar como você consegue... Muito bom, amiga.


ZILCA – VITÓRIA - ES

Este tema me faz pensar em um livro de José Saramago: As Intermitências da Morte.

É apaixonante, apesar do tema.

Postei no Facebook


TEREZINHA BICHARA – VITÓRIA - ES

Pensei no livro do Saramago, leitura inesquecível quando a morte se apaixona pela pessoa que devia levar. Jô querida, fala oportuna, perfeita para registro do momento que estamos vivendo. bjs


ANAXIMANDRO – VITÓRIA - ES

Top!

Precisamos mesmo falar da "indesejada das gentes", sem rodeios.

Nada melhor que a arte.

Esta, não morre.

Adorei o texto!


LÉA FURTADO – VITÓRIA-  ES

Jô!  Adorei o texto!

Superinteressante, apesar de lúgubre, como você mesma diz, às vezes engraçado !

Gostei muito dos diálogos dos violinos.

Lembrei também da oração de Santo Agostinho quando ele diz :

" _ A morte não é nada!"

que é apenas uma passagem para o outro lado do mundo!

Esta pandemia, às vezes, nos dá a impressão de que a morte ficou " banalizada"!

Só que ninguém quer que a fila prossiga e sim a vida.

Sabemos que estamos aqui de passagem, isto não se pode negar.

Parabéns pelos seu texto abordando um tema tão complexo que é a morte!

  

ANA LÚCIA CASTRO NOTINI – BELO HORIZONTE - MG

Gostei muito, apesar de "meio lúgubre", muito apropriado pelo período atual.

Além do mais, nossa visão hoje, mais madura e consciente, nos faz refletir, concluir e concordar com Fernando Pessoa.

Adorei. Obrigada. Bjs.


MARIA INEZ NASCIMENTO - BELO HORIZONTE - MG

Excelente texto Jô, afiadíssimo, com várias citações interessantes e pertinentes. Muito culta, esta minha amiga.

Quanto à morte em si, não me apavora. Bjs


MARIA TERESA ROCHA – BRASÍLIA - DF

Muito bom! 👏🏻👏🏻👏🏻

Parabéns Jô, sempre nos surpreendendo !


SUMAN GAETNER – VITÓRIA - ES

Há muitos anos minha família estava indo de carro para o sul do Brasil, quando meu pai, que dirigia, dormiu ao volante e rolamos em uma ribanceira. Eu estava dormindo com a cabeça no colo da minha mãe. Acordei sobressaltada e perguntei: "mãe, nós morremos?" Eu vi o símbolo da morte: a mulher de preto com a foice na mão. Muito mais tarde pensei que Jung tinha razão sobre o inconsciente coletivo. Sabemos como ela é, sabemos que virá e essa angústia nos persegue desde sempre, mas hoje parece cada vez mais próxima. É o assunto da hora junto, claro, à crítica a este governo inconsequente, despreparado, genocida.


CHICO BRANT – BELO HORIZONTE - MG

Legal, Jô. Interessante a semelhança da fábula do Prequeté e a história do filme do Bergman.

No caso do Brasil, agora, depois da sua crônica, já sabemos quem é a ceifadora. Disfarçada, está todos os dias na mídia a zombar de nós, mortais. Abraços!


HILDA MUNIZ - VITÓRIA - ES

Oi Jô!

Acabei de ler agora seus dois últimos contos. Penso que o isolamento tem contribuído para aumentar a sua inspiração. Os dois temas são propícios para o momento atual e foram, como sempre, muito bem desenvolvidos por você. Parabéns!!! 👏🏼


DALVA - PATOS DE MINAS - MG

Jô , Enganando a Morte , é realmente o que estamos passando nesse momento. Muitas vidas sendo ceifadas e ainda muitas irão.

Li "pra aprender a enganar a morte ".

Ví que é impossível.