Jô Drumond
Tímidos
olhos d’água abrem-se silenciosos no alto da Canastra. Filetes finos,
cristalinos, vão se unindo na nascente, avolumam-se nas vertentes. Impetuosas
torrentes irrompem em cascatas, rompem o silêncio das matas. O rio bosqueja
enleios, traça meandros, volteios, glissa entre ribanceiras serpenteando
ribeiras e segue sua sina como eixo do sertão, levando muitas histórias de
hoje, de ontem, de outrora e dos dias que virão.