*Jô Drumond
Certa vez meu avô disse que, com o aumento da violência, chegaria o dia em que os homens de bem ficariam presos, em casa, e os bandidos soltos, na rua. Pois bem. Esse dia chegou em Vitória. Hoje, dia seis de fevereiro de 2017, a cidade, apavorada, foi totalmente parada por contraventores de toda espécie. Sem policiamento algum, desde o dia 4, devido a uma manifestação que mantém os policiais aquartelados, a população está entregue de bandeja aos marginais, sem ter a quem recorrer. O morro desceu e se espraiou pelos quatro cantos da ilha e adjacências.
Quando digo “o morro”, estou me referindo apenas à parte podre da maçã! No morro há muita gente de bem, correta, honesta e trabalhadora, mas acaba levando a má fama, devido à aglomeração de malfeitores. Agora, é a vez do “morro” tomar conta da cidade. Sem policiamento, os bandidos assaltam, roubam, arrombam, saqueiam, incendeiam, ferem, matam. Arrastões em grande escala, a pé e de moto, pipocam por todo lado.
O crime talvez seja mais organizado do que se imagina. Das janelas dos edifícios, os moradores filmam, pelos celulares, cenas assustadoras de tiroteios e de todo tipo de violência. A visualização de tais vídeos postadas nas redes sociais aumentam a tensão dos habitantes. Cidade parada, ruas desertas, necrotério e hospitais lotados.
Somos todos reféns da violência urbana. Supermercados e padarias que ousaram abrir as portas na manhã de hoje, foram depredados. Quem não tiver comida em casa, não terá onde comprar. Somos atores involuntários de um filme policial, à mercê do banditismo, enquanto não chega Reforço policial de outros Estados da Federação.
O crime talvez seja mais organizado do que se imagina. Das janelas dos edifícios, os moradores filmam, pelos celulares, cenas assustadoras de tiroteios e de todo tipo de violência. A visualização de tais vídeos postadas nas redes sociais aumentam a tensão dos habitantes. Cidade parada, ruas desertas, necrotério e hospitais lotados.
Somos todos reféns da violência urbana. Supermercados e padarias que ousaram abrir as portas na manhã de hoje, foram depredados. Quem não tiver comida em casa, não terá onde comprar. Somos atores involuntários de um filme policial, à mercê do banditismo, enquanto não chega Reforço policial de outros Estados da Federação.
Balanço dos 9 dias de paralização
(Informações obtidas no dia 12 de fevereiro de 2017)
*Sete mil pedidos de socorro, por telefone (nº 190), não foram atendidos pela polícia
*144 assassinatos
*Prejuízo de 50 milhões de reais por dia, no comércio e na indústria
*3130 homens vindos da força nacional e do exército para resgatar a segurança da população
*Expectativa da volta às aulas, da volta do transporte urbano, enfim, da volta à normalidade, nesta segunda-feira, dia 10 de fevereiro.
*Jô Drumond (Josina Nunes Drumond) Membro de 3 Academias. de Letras (AFEMIL, AEL, AFESL) e do Instituto Histórico (IHGES)