Durante a pandemia, em 2020, as escolas estão adotando aulas on-line para que os alunos não
percam o ano letivo. Há quem goste e quem não goste desse tipo de aula. Guilherme, meu netinho de seis anos, é um azougue. Gosta de correr, pular, jogar bola, fazer estripulias e toda sorte de traquinagens. Para ele é um enorme sacrifício ficar parado, com os olhos fixos na telinha, ouvindo coisas que nem sempre lhe interessam. Há um vídeo em que ele é flagrado cochilando durante uma aula on-line, enquanto se ouve a voz da professora:
─ Reparem bem! Vou lhes mostrar,
agora, algo muito interessante. Fiquem ligados aqui na tela.
O cochilo já se transformara em
sono profundo. O que era interessante aos olhos da professora, era sonífero
para o garoto irrequieto. Certo dia, o tema da aula era a invenção da lâmpada
elétrica. Fizeram-se comentários do “way of life” nos tempos da
escuridão noturna. Foi-lhes solicitado que imaginassem como seria a vida sem
luz elétrica. Em um dado momento, a professora perguntou a cada um como faria
para escovar os dentes, antes de dormir. A maioria disse que usaria velas ou
fósforos. Certamente desconheciam os artefatos usados por seus ancestrais:
lampiões, lamparinas, candeias... Ao chegar a vez de Guigui, diferentemente dos
demais, disse na maior tranquilidade:
─ Eu usaria óculos de visão
noturna. (deve ter visto algo similar em desenhos animados ou em filmes
infantis)
Meu estilo de vida, na infância, em meados do
século passado, no sertão de Minas, era completamente diferente do de meus netos
citadinos hoje em dia. Meu universo era restrito à fazenda onde fui criada.
Naquele tempo e espaço não havia telefone, nem eletrificação rural e nenhum
conforto dela advindo: eletrodomésticos, televisor, computador, internet... As
viagens eram feitas a cavalo ou em desconfortáveis carros de boi.
Sophia, minha netinha também de seis anos, que nem
sabe o que vem a ser carro de boi, veio com a família visitar a vovó nas
montanhas da Mata Atlântica, onde estou confinada durante esses tempos
covídicos. Vieram todos usando máscaras, mantiveram o distanciamento social,
acataram todos os procedimentos como manda o figurino, ou melhor, a OMS. Ao
chegar, ela disse que no sítio não havia perigo algum de corona vírus. Como é
distante da cidade, o vírus se cansaria muito na subida da serra e desistiria.
Em sua cabecinha, o vírus teria que subir a pé, já que ele não tem carro, nem
sabe dirigir. Não consigo imaginar o que significa “vírus” em sua mente pueril.
A meu ver, as crianças de hoje são
mais espertas e perspicazes que as de minha época. Elas têm horizontes mais
amplos e senso crítico mais aguçado. Elas são tão inteligentes quanto as de
antanho, mas têm mais discernimento devido à grande carga de estímulos próprios
da era digital. Ao ouvirem um disparate de um adulto, em vez de acreditar, como
acontecia antes, elas riem ou zombam daquela maluquice. Eu era crédula e
obediente. A meu ver, os adultos eram donos da verdade. Sabiam tudo e sempre
tinham razão. Eu ficava atenta a suas falas, a suas atitudes, e tentava
imitá-los, na medida do possível. Nunca duvidava dos mais velhos, mesmo quando
diziam coisas estapafúrdias. Desconhecia a existência de patranhas e
falsidades. Por exemplo, disseram-me para ter muito cuidado ao chupar
laranja. Se, por acaso engolisse algum caroço, brotaria uma laranjeira dentro
de mim. Os galhos sairiam pela boca, nariz, ouvidos e olhos. Fiquei apavorada e
parei de chupar laranjas. Outra potoca que ouvia sempre era que se ingerisse
cafeína, ficaria com a pele da cor do café. O desrespeito à inocência
infantil era cruel.
Lembro-me de que minha mãe ficou
barriguda. Perguntei-lhe o motivo daquele barrigão. Ela me respondeu que estava
comendo muito. A,0creditei. Certo dia ela adoeceu. Fecharam a porta do quarto e
me mandaram brincar no quintal. Saí, mas fiquei por perto. Percebi gemidos,
gritos de dor, corre-corre, entra-e-sai, nervosismo geral... finalmente, um
berreiro de bebê. Quando os adultos abriram a porta, entrei e perguntei de quem
era aquele bebê. Disseram-me que a cegonha o havia trazido de presente para
minha mãe. Eu já havia visto desenho de cegonha. Certamente ela não teria força
para voar carregando um bebê maior que ela, mas não duvidei do que ouvi.
Naquele dia, a barrigona de mamãe murchou. Não tive coragem de perguntar o
motivo a ninguém. Arriscar-me-ia a levar uma bronca e ainda a ser escorraçada
dali.
Anos depois, ao entrar para a escola, encontrei
professores severos. Usavam palmatória, e ouros meios de tortura, com o intuito
de educar as crianças por meio da intimidação. O castigo mais temido por mim
era o de ficar de joelhos sobre grãos de milho. Doía muito. Até então eu não
sabia que os professores judiavam dos alunos. Não sabia tampouco que, na
maioria das famílias, se a criança contasse que havia apanhado na escola,
apanharia dobrado, por parte dos pais, para aprender a respeitar o professor.
Felizmente isso não acontecia em minha casa. Aliás, nunca levei um tapa,
durante a infância, a não ser dos professores, diante de toda a turma, quando
não sabia fazer uma adição ou subtração no quadro-negro. Hoje em dia, em vez de
serem educadas mediante constrangimento e palmatória, são protegidas por lei
contra qualquer tipo de assédio ou violência.
Lembro-me de que uma de minhas professoras
desenhou um semáforo no quadro para ensinar noções elementares de sinalização:
cor vermelha (pare); cor amarela (atenção/espere); cor verde (passagem de
veículos). Eu nunca havia visto um semáforo. Achei bonito, colorido! Queria
saber o que era veículo, mas não ousava perguntar. Deduzi que era aumentativo
de velho. Cheguei à conclusão de que, nas grandes cidades, havia um sinaleiro
especial de proteção aos veículos, ou seja, às pessoas bem velhinhas com
dificuldade de locomoção. Gostei da iniciativa. Elas poderiam atravessar com
segurança, sem risco de atropelamento. Só fui saber o verdadeiro sentido de
veículo tempos depois. A intimidação não era benéfica à aprendizagem. Bloqueava
nossa curiosidade e anulava nossos questionamentos.
Certo dia, minha professora
recebeu, em sala de aula, uma caixa com diversos recipientes redondos, em metal
prateado. Seria feita uma coleta de material de todos os alunos, para exame de
fezes. Ninguém sabia o que era coleta, muito menos fezes, mas quem ousaria
receber um corretivo por uma pergunta indevida? Ninguém! Ao final da aula ela
enfatizou que não poderíamos esquecer-nos de trazer de volta, no dia seguinte,
aquela latinha contendo fezes. Um corajoso salvou a pátria. Num ímpeto de
audácia disse que não havia entendido bem o que deveria ser colocado dentro
dela. Ao ouvir a resposta esperada fez cara de desentendido. A professora
percebeu que talvez a palavra fosse desconhecida da turma e perguntou:
─ Vocês sabem o que significa fezes?
A resposta simultânea, em coro, ecoou corredor
afora:
─ Não, Senhora.
─ Vocês vão colocar cocô aí dentro. O
laboratório vai examinar a incidência de verminose.
Percebeu também que eles
desconheciam “incidência” e “verminose”. Mudou novamente o registro
linguístico.
─Vocês já ouviram falar em lombrigas?
─ Sim, Senhora.
─ Então, o exame do cocô é para saber se vocês têm
lombrigas dentro da barriguinha. Entenderam agora?
─ Sim, Senhora.
As crianças da era digital não são mais ingênuas
e medrosas como as de minha época. São desobedientes e desafiadoras. É louvável
que tenham perdido o medo dos professores, mas de roldão perderam também o
respeito. Há inúmeros casos de violência de alunos contra professores e até
mesmo de homicídio dentro de sala de aula. O mundo mudou. Não sei se para melhor ou para
pior.
Jô Drumond – julho/2020
RETORNO DOS LEITORES
FRANCISCO BRANT (MG)
Muito legal, Jô! Nada como boas memórias bem contadas. Acho que a meninada já está em outra: preparam-se, sem saber ou já sabendo, para andar em paisagens planetárias e estelares, se é que não vão querer morar lá no futuro.
Interessante a interação das máquinas com os novos e pequenos seres humanos.
Eles crescem em inteligência com a companhia delas, e as máquinas se sofisticam cada vez mais para acompanhá-los na aventura incessante da humanidade. Os dois estão de tal forma próximos, que vão se assemelhar cada vez mais, para o bem e para o mal.
Certa vez, o Bruno, ainda meninote, definiu bem, em conversa comigo, esse futuro que já chegava à sua geração. Na maior tranquilidade de proseador que sempre foi, me disse:
- Pai, máquina também é natureza!
Quer definição melhor para este mundo que só os meninos e jovens entendem e que a gente tenta entender!?
Abraço e até a sua próxima crônica.
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NEUSA Mª SERRANO (ES)
Ei vizinha. Que delícia de conto, verídico em todas as fases. Retornei à minha infância, à primeira sala de aula, à primeira professora. Será que colocar a criança ajoelhada em caroço de milho e palmatória acontecia só nas escolas de Minas? Passei por tudo isso. Parece até que existia uma cartilha. As famílias educavam os filhos da mesma forma. Me vi em vários momentos de seus relatos. Qto à educação moderna, acho muito louvável o incentivo, o estímulo ao desenvolvimento motor e intelectual, mas ocorreu uma liberação, uma liberdade muito grande na tal modernidade. Essa liberdade acabou por mudar, totalmente, o comportamento dos professores e dos pais. Então, alguns alunos/filhos foram perdendo o respeito pelos mestres, pelos pais. Isso não é bom. Acredito que a tecnologia é a grande responsável por essas mudanças e pelas novas famílias que foram surgindo. Parabéns!!!
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MARILENA SONEGHET (ES)
Sua crônica, linda, me deixou pasma, já que sou, ao menos, 20 anos mais velha que vc. Educada no Colégio do Carmo, em Vitória, sentia-me amada pelas Irmãs Vicentinas. O pior castigo era "ficar no canto" ou escrever 50 vezes (na hora do recreio) "sou uma menina comportada" - tarefa que eu repassava à coleguinha Stela, em troca de desenhos de flores e joaninhas em seu caderno. Havia, sim, alguns excessos quanto à moral cristã, mas nunca castigos físicos. Seu relato lembrou-me o livro Cazuza, de Viriato Corrêa (anos 20) - um dos meus preferidos então (eu já era "rato de biblioteca). Vc é uma grande historiadora do que, ainda hoje, prevalece no Brasil - as diferenças regionais. AMEI!
Obrigada, querida Jô, por mais essa pérola!
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MARIA INÊS NASCIMENTO (MG)
Oi Jô, acabei de ler sua crônica. Se a sua narrativa não é ficção, sua infância e primeiros tempos na escola, foram bem mais difíceis que os meus. Nunca passei por castigos corporais na escola, sabia disso de tempos mais antigos. De fato, muita coisa mudou para melhor, mas concordo com você que a perda do respeito é um mal maior, que qualquer melhoria. Lamentável. Ótima crônica. Bjs
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FRANCISCO AURÉLIO RIBEIRO (ES)
Compartilho com vc essas mudanças. Meus netos tb não são nada do que fui. Acho-os estranhos em seus mundos digitais. Nós tb devemos ser dinossauros pra eles. Enfim, mudaram-se os tempos. Parabéns pela crônica. Bjs.
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NEITH CRUZ (MG)
Jô, sua inspiração e suas lembranças são presentes de Deus! E Ele sabe o que faz! Você aproveita esses dons como poucos! O paralelo entre a avó-criança e seu neto-criança é soberbo, enriquecido de detalhes narrados com a singeleza
e a autenticidade que caracterizam sua escrita. Parabéns mais uma vez!
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NONA ROSTAGNO (ES)
Boa tarde Jô, só agora tive um tempinho pra ler, que delícia, quantas lembranças! Realmente, a tecnologia trouxe muitos benefícios, mas tirou algumas práticas morais, civis, não só das crianças, mas de todos: respeito, paciência, humildade, boa vontade... etc. uma pena. Adorei sua história, bem parecida com a minha!❤️❤️🙏🏻😀
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ROSARINHA (MG)
Bom dia...adoro seus contos ..quando a gente tá precisando de uma boa leitura.....vc manda sempre um conto novo
MARIA JOSÉ GUIMARÃES (MG)
Amei receber de vc, para felicidade minha, algo escrito por uma escritora que amo muito por sua maneira tão clara de escrever e sempre nos traz lembrança de quando éramos pequenas. Saudade de vc, amiga.😘😘😘
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MARIA JOSÉ NUNES (MG)
Como sempre, adorei. Seus netos estão numa outra geração. Não tem tanto tempo entre a sua e de seus netos, mas a diferença de pensamento é muito grande.
O meu neto Heitor, que é o mais novo, quando dá uma passada rápida aqui no domingo, com a família, me diz; - vovó vc pode ir na minha casa, lá não tem ninguém doente.
Ele tem seis anos. Assiste às aulas todos os dias. Como aprendeu a ler sozinho, deixa os colegas para trás. Quando a tia dá atividades para os mais fracos, fica rodando na cadeira e rindo dos outros colegas. Sabe o que é o vírus, sabe como se faz a contaminação. Cobrou-me o uso da máscara quando os acompanhei até o portão.
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FERNANDO ACCHIAMÉ (ES)
Parabéns, Jô. Muito boa a sua crônica - um depoimento que trata literariamente de tempos passados com seus usos e costumes. Um beijo.
O certo é houve mudança radical da nossa geração para a dos nossos filhos e netos.
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SÔNIA (Piauí)
Muito legal! Engraçado como era uma época da inocência em todos os lugares, lendo, me vi naquela mesma situação,
Muito legal! Engraçado como era uma época da inocência em todos os lugares, lendo, me vi naquela mesma situação,
As crianças de hoje sabem e entendem tudo... incrível
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MARIA HELENA ARNIZAUT (ES)
Texto excelente, Jô, como sempre! Acho que a resposta à sua última indagação está na difícil tarefa de encontrar o "juste-milieu"...
PENHA (ES)
Olha, sua netinha tem razão. Acho eu tbm q o corona não aguentará subir o morro onde moro. Kkkkk aqui em Matilde.
Estou repassando sua história q é a minha e de muita gente
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VERA MÁRCIA(ES)
Achei dez, Jô!! Muito bom relembrar de crianças do passado (nós mesmas) e observar as crianças de agora. Seus netos são muito espertos!! E penso que, apesar do ensino on-line, que veio para ficar, nada substitui a interação e o convívio que a escola proporciona.👍👍🥰🥰
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CARLA NEVES (ES)
Oi Jo! Bom dia! Acabei de ler sua crônica! Amei! Melhor ainda saber da inspiração pelos netinhos!
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SOÊMIA (ES)
Li sua narração sobre educação. Parabéns. Muito linda sua crônica. Parabéns! AMEI 👏👏🌻🌹Aliás, leio todas. Gosto muito do que você escreve.
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MARIA DO SOCORRO TERTO (Piauí)
Querida Jô vc é uma excelente escritora, escreve com habilidades e criatividade bem inteligente. Eu acho as crianças de hoje mais sagazes, sabidas mesmo. Elas têm tudo ao redor para contribuir com seu crescimento. Bjs
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ELIZAIDA (RJ)
Obrigada querida Jo.
Estamos em Minas. Voltei no tempo com seu lindo conto. Viajei com vc.
Obrigada.
Bjnhos
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AILSE CYPRESTE (ES)
Infelizmente, Jô, a escola continua com sua linguagem acadêmica que as classes populares não compreendem. O aluno de classe média fala a mesma língua da escola particular que ele frequenta. Mas o da favela, não.
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GILCEIA (ES)
Só devo lhe dizer parabéns por tanto talento, Jô. Adoro viajar com você em seus contos... Faz-me um bem enorme. 👏👏👏
Jô! Que Deus sempre abençoe sua alma cheia de ideias que nos alimenta o coração. Você é ímpar e muito especial.
Muito obrigada por tudo. Adoraria continuar recebendo seus trabalhos absolutamente fantásticos.
Bjs💐💖❤️
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JÚLIA CARVALHO (ES)
Jô querida. Gostei muito. Conheci a palmatória usada por minha mãe. E ainda tínhamos que contar os bolos (como ela chamava cada tapa). Se perdíamos a conta, começava tudo de novo). O caroço de milho era aplicado quando ela nos pegava em uma mentirinha, que era dita, já com medo da palmatória, ou de ficar ajoelhada em cima do caroço de milho. Mas havia também muito amor. Esse, demonstrado de forma diferente.
Sou sua ardorosa admiradora
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LUCIANA DANTAS (ES)
Jô, vc, como sempre, primorosa nos seus contos. Me diverti muito e me lembrei um pouco da minha infância. Não sofri como vc, mas vivi um pouquinho disso tb. E viva a liberdade de expressão dos dias de hj. Infelizmente o ruim de toda essa liberdade é a falta de respeito com os professores. Acho que isso precisa ser mudado urgentemente para que as próximas gerações não sejam tão sem limites quanto a atual. Gde bj!!
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DENISE MORAES (ES)
Jô deleitei-me com a leitura dos textos. Não sei se consegui postar comentários. Beijo.