domingo, 23 de maio de 2021

QUANDO, COMO E ONDE?

                                                                                               Por que nascemos para amar, se vamos morrer?

Por que morrer, se amamos?

Por que falta sentido ao sentido de viver, amar, morrer?

(Carlos Drummond de Andrade)

Côte d"Azur

                                                            - I -

Enquanto não se descobre a fonte da eterna juventude, nós, simples mortais, almejamos vida longa e saudável. Já que a morte é inevitável, que seja mansa, sem dores e sem sofrimentos. Tudo isso foi conseguido por Dominique. Viveu um século gozando de ótima saúde física e mental. Seus filhos se casaram e se multiplicaram. Cada um seguiu sua sina, mundo afora. Apenas ela permaneceu apegada à terra natal, à casa, ao jardim, aos animais de estimação...  Satisfazia-se com clarões de lembranças. Com o tempo, aprendeu a apreciar o silêncio, parceiro constante da solidão. Dia após dia abriam-se as janelas da rotina. Gostava do cantinho escolhido para aguardar o fim de sua existência.  Não era luxuoso, nem grandioso, mas aconchegante e repleto de lembranças. Bastava fechar os olhos e viajar no tempo, para reaver toda a vitalidade e alegria ali reinantes durante décadas. Filhos, netos, bisnetos correndo, subindo e descendo a escadaria, mesa grande e farta, rodeada de olhos cobiçosos, narizes sensíveis e paladares vorazes, prestes a atacar o repasto cotidiano.

Dominique morava sozinha. Vivia totalmente independente da família. Tinha uma doméstica para as tarefas pesadas, mas era ela própria que pilotava o fogão e os eletrodomésticos. Aos noventa e oito anos, certo dia, estando sozinha, escorregou, desequilibrou-se e caiu. Não houve fratura, mas ela não dispunha de força suficiente para se erguer. As vãs tentativas duraram horas, até que, depois de ter-se arrastado, conseguiu se apoiar num móvel e se aprumar. No dia seguinte, ao receber a empregada, disse-lhe:

Catedral de Notre Dame
- Isabelle, vou morrer daqui a dois dias.

- Como assim, Madame?

- Está decidido. Estou velha. Não quero mais viver.

- Mas a família precisa ser avisada. Façamos um encontro de despedida. A senhora não pode
partir sem dizer adeus aos que a amam.

- Está bem. Então convoque-os.

No final de semana seguinte, a família reunida tentou dissuadi-la do intento, até então, irrevogável. Durante o almoço de domingo, estando à mesa, ela pediu a palavra, agradeceu a presença de todos e explicou o motivo de sua decisão.

- Gostaria de viver eternamente, se possível fosse, rodeada por essa linda família, que tanto amo. No entanto não gostaria, em hipótese alguma, de depender de outras pessoas. Vivo sozinha, nesta casa, desde que vocês se foram. Gosto do cantinho onde ancorei minha solidão. Aqui tenho sossego. Sempre tive boa saúde, mas as restrições da idade são implacáveis. Enquanto tive autonomia para viver sem ajuda de quem quer que fosse, não pensei na morte. Nesta semana, levei uma queda e tive muita dificuldade para me levantar. Qualquer dia desses, pode me acontecer algo pior. Não quero tropeçar na própria sombra, nem me sustentar em bengalas de decrepitude até que uma enfermidade qualquer me leve daqui. A vida é minha. Portanto tenho o direito de acabar com a dor de existir. O tempo não tem pressa, mas eu tenho. Prefiro partir antes da chegada do sofrimento.

- Mas, mamãe, disse Paul, pretendemos fazer uma grande festa, daqui a dois anos, para comemoração do centenário de seu nascimento. Espere pela festa. Será uma cerimônia inesquecível para todos os descendentes. Depois disso, a escolha é sua, já que, mais cedo ou mais tarde, a partida é inexorável. Não discordo de sua decisão. A meu ver, todos deveríamos ter o direito de escolher como, quando e onde vamos dar o último suspiro. Mas, por favor, não encurte seu caminho. Fazemos questão disso.

- Está bem. Já que é importante para vocês...

- Ôba!!!

Todos aplaudiram em sinal de contentamento, fizeram um brinde à sua saúde e partiram contentes.

Place des  Vosges

Cansada de arrastar os chinelos da rotina, poucos dias antes da festa, Dominique decidiu que, doravante, não comeria mais, mas tomaria líquidos, para aguardar o evento. Informados da estranha decisão, os filhos decidiram mantê-la sempre acompanhada, para que não cometesse nenhum desatino. Não poderia lhes fazer a desfeita de partir antes da hora (como se a festa de despedida fosse mais importante que a partida).

A celebração, organizada com pompa e entusiasmo, parecia reunião festiva, sem nuance sombria de despedida ou luto. A anciã, debilitada pela inanição, manteve-se assentada o tempo todo, sem grandes alegrias, nem desassossegos. Seu olhar percorria o amplo salão: os lustres antigos, de cristal, os móveis estilo Luís XVI, a imponente escadaria com corrimão dourado, as paredes decoradas com quadros valiosos de Corot, Delacroix, Renoir..., preciosidades passadas de geração em geração; provável motivo de desavenças, na hora da partilha. Fitava a tudo e a todos longamente, como se fosse pela última vez. Parecia querer levar para a morte as minudências da vida, presas à memória.

A decisão de não a deixar sozinha foi mantida durante a festa. Para surpresa de todos, ao lhe servirem suco de uva, ela exigiu seu champanhe preferido, Veuve Clicquot, chamado afetivamente por ela de “La Grande Dame”. Após tragos e mais tragos, num vislumbre de outrora, chegou a esboçar alguns passinhos de dança. Aplausos entusiásticos. Naquele momento, como centro de todas as atenções, sentia-se radiante. Não queria discurso de despedida. No entanto, ao se ver diante de um microfone e de dezenas de olhares interrogativos, disse:

Panthéon

- Meus queridos! Como lhes disse, há dois anos, se pudesse, eu ficaria eternamente com vocês. No entanto tenho que respeitar as leis naturais. Diz o adágio popular que cada um tem sua vez e sua hora. Agora é minha vez de partir. No futuro, estaremos todos em outra dimensão, dentro da grande incógnita, da qual nada sabemos e de onde não poderemos voltar. Por isso, meu último conselho é que vivam a vida em toda sua plenitude. Não desperdicem tempo com inutilidades nem patifarias. Saúde e vida longa a todos vocês. Tim-Tim!

Aplausos e mais aplausos. A festa transcorreu com visível ansiedade no ar. Ninguém ousava lhe perguntar como nem quando seria a partida. Tratava-se de uma decisão de foro íntimo, pessoal e intransferível.

No dia seguinte, todos se dirigiram à mesa para o desjejum. Somente a vovozinha continuou em sua alcova. Um sono profundo, de conluio com a eternidade, providenciou seu último desejo. Partira no oco da madrugada, naturalmente, sem sofrimento algum (como desejava). Deixou, no aconchego do leito, apenas a carcaça para as devidas exéquias e prováveis prantos.

                                                          -  II  -

Essa história não termina com a morte da protagonista, nem com um ponto final.  Dominique acabou saindo do visor do computador e da folha de papel para fazer parte de meu dia a dia.

Esse conto “Quando, como e onde?”, que nos remete a um tango argentino, foi baseado em fato real, acontecido na região da Côte d’Azur, França. Minha amiga Nicole, nascida e criada no coração de Paris, resolveu passar suas férias no Brasil, mais especificamente no meu sítio, na Mata Atlântica. Estava cansada da megalópole e da lufa-lufa citadina. Ansiava por ares montanheses, caminhadas ecológicas, ar puro, água de nascente e, sobretudo, pelo silêncio da mata, quebrado apenas pelas vozes da natureza. Em uma de nossas caminhadas matinais, ela me contou a história de Dominique, mãe de um grande amigo seu. Gostei da história e escrevi o conto, obviamente criando todos os detalhes que se furtaram ao curto relato original.

Depois de morta, Dominique se transformou em personagem ficcional. Envolvi-me de tal forma com a narrativa que a protagonista ganhou vida. Enquanto me enredava em sua história de vida, criei e fixei em minha mente a imagem de uma idosa magra, de baixa estatura, pele clara, cabelos curtos, sempre elegante e de porte aristocrático.

Nicole passou cerca de um mês conosco, no Viveiro do Silêncio. Em retribuição à hospedagem, antes de partir, fez questão que meu marido e eu prometêssemos passar  uma temporada chez elle, em Paris, a poucos metros da Praça da Bastilha. Aceitamos de bom grado. Ninguém, em sã consciência, recusaria tal convite. Nicole resolveu reformar o apartamento antes de nos receber. Ao chegarmos a Paris, na data prevista, a reforma não havia sido concluída. Os pedreiros faltaram com a pontualidade da entrega e a deixaram em maus lençóis, sem saber como hospedar seus convidados.

Ao comentar o fato com um amigo, este lhe ofereceu um apartamento mobiliado e inabitado para nos hospedar, gratuitamente, pelo tempo que quiséssemos. Tal apartamento se situava no melhor local do centro histórico parisiense, no Marais, próximo à catedral de Notre-Dame. Instalamo-nos e começamos a viver no melhor dos mundos possíveis, tendo Paris aos nossos pés. Podíamos caminhar por todo o centro histórico. Tínhamos perto de casa*: a catedral de Notre-Dame, a igrejinha Sainte Chapelle, o Panthéon, a Place des Vosges, a bibliothèque Nationale, o centro cultural Georges Pompidou, o Forum des Halles, o Palais-Royal e três museus: Louvre, Picasso e Carnavalet. Muitas outras preciosidades podiam ser revisitadas a pé, dando-nos o privilégio de circular pelas ruelas milenares do Marais, o bairro mais antigo da capital francesa.

Farum des Halles

No primeiro dia, ficamos conhecendo o proprietário do apartamento. Um senhor de meia-idade, muito simpático, que aguardava nossa chegada. Conversa vai, conversa vem, eu quis saber por que ele mantinha fechado um apartamento grande e mobiliado na região onde o metro quadrado possivelmente era um dos mais caros do mundo. Ele me disse que havia recebido esse imóvel de herança e que não havia decidido o que fazer com ele. Passava a metade do ano num chalé nos Alpes suíços, viajava muito, tinha outros imóveis em Paris... enfim, deixou claro que não tinha preocupações nem arrochos financeiros. Foi muito amável e franqueou o apartamento para nós, por tempo indeterminado.

Certo dia, Nicole foi nos visitar. Comentei com ela que o imóvel estava equipado como se fosse habitado, tendo inclusive uma ótima biblioteca repleta de livros à nossa disposição.  Foi então que fiz a grande descoberta. A última pessoa que havia ali residido, fora exatamente Dominique, mãe de Paul, seu amigo. Depois de idosa, ela havia resolvido se instalar em sua casa de veraneio, no Sul da França, onde o inverno é menos rigoroso e onde poderia usufruir das belas praias da Côte d’Azur. Decidira deixar o apartamento montado, para eventuais idas à capital. Soube também que seu pai havia sido o maior colecionador particular de obras de arte da França. Seu acervo constava de raridades valiosíssimas. Era um dos proprietários da Le Printemps, um dos mais importantes centros comerciais de Paris, durante bastante tempo.

Naquele momento, tive uma sensação deveras estranha. Dominique deixou de ser personagem ficcional. Ali estavam seus livros, seus objetos pessoais, seus utensílios domésticos... dei-me conta de que estava dormindo em seu quarto, em sua cama, usando seu banheiro... Senti-me invasora da vida alheia. Tive uma vontade incontrolável de bisbilhotar a biblioteca para descobrir seus autores preferidos, de abelhudar suas preferências musicais, na estante de discos... O tempo todo, passei a imaginar seu dia a dia naquele espaço. Gostaria de saber em qual local da mesa fazia suas refeições, em qual poltrona lia seus jornais, visualizava sua figura arrastando as pantufas da rotina.... enfim, sentia-me verdadeiramente intrusa. Incomodava-me sobremaneira sentir sua presença em todos os cômodos. A confortável hospedagem, aparentemente caída dos céus, tornou-se sinistra.  A partir de então, o espectro de Dominique começou a rondar-me.

Sainte Chapelle

Esse mal-estar durou até o dia em que, dentro dos aposentos da falecida, alojada em seu leito, abri o celular e recebi, por e-mail, a notícia de que meu texto “Quando, como e onde?” havia sido classificado, entre centenas de contos, em um concurso literário de âmbito nacional. Naquele momento, senti uma espécie de proteção do além. Era como se um dedinho de Dominique houvesse indicado meu texto aos jurados do concurso. Desde então, o espectro que antes me causava estranhamento e medo, passou a ser meu amigo, uma espécie de “fantasminha camarada”. Recebi o prêmio como agradecimento da finada pelo registro literário de sua passagem desta para outra vida. Ainsi soit-il.

 

Jô Drumond

Maio de 2021

 

*NOTA:

Catedral de Notre-Dame, o monumento que atrai o maior número visitantes. Trata-se de uma construção medieval iniciada em 1163;

Sainte Chapelle foi construída pelo rei Luís IX, em 1246, para abrigar a coroa de espinhos e outras relíquias da paixão de Cristo. É uma das mais belas igrejas parisienses, considerada obra-prima do estilo gótico;

Panthéon, construído inicialmente para ser uma igreja, hoje abriga os túmulos de grandes celebridades, tais quais Victor Hugo, Voltaire, René Descartes, Alexandre Dumas... Além disso, em seu interior, encontra-se o famoso pêndulo de Foucault, construído para demonstrar o movimento de rotação da terra;  

Place des Vosges, uma das mais belas praças parisienses, construída entre 1605 e 1612,  antigo local onde se instalava a realeza e a aristocracia, antes da construção do Palácio de Versailles;

Bibliothèque Nationale, repositório de tudo que é publicado na França;

Centro Cultural Georges Pompidou, conhecido como Beaubourg, de construção arrojada, é um dos centros culturais mais visitados do mundo;

Forum des Halles,  mercado atacadisca  de meados de 1800, demolido e transformado em charmoso  shopping center;

Palais-Royal, palácio que abriga, em seu adro, as famosas colunas de Büren;

Louvre, museu mais visitado do mundo, cujo acervo contém 380.000 itens; 

Museu d’Orsay, onde se encontra a maior coleção de pinturas impressionistas e pós-impressionistas do mundo;

Museu Picasso, consagrado à obra de Pablo Picasso;

Museu Carnavalet, o mais antigo de Paris, consagrado à história da cidade;


RETORNO DOS LEITORES


DENISE MORAES - VITÓRIA  - ES

 Jo, deleitei-me com  a crônica COMO, QUANDO E ONDE?

Será que foi  coincidência ou um privilégio que já  a aguardava,  nas surpresas inesperadas  da vida.  Quantas visitas e premiações  te aguardavam num concurso.  Tudo conspirou a seu favor.  Você ainda acredita em acasos?

Parabéns pelas conquistas.

 

TEREZINHA BICHARA -VITÓRIA -ES

 Jô,  como sempre  muito encantada e feliz da oportunidade de ler seu conto. Expressa a vida com seu maior enigma : a morte.. como será o  meu fim... A sua personagem foi sábia . Você soube com a  sua mestria usual colocar na história   as diversas sensações que o tema ensejou. O que achei mais empolgante foi a sua comunhão com a  fantasminha .Parabéns pelo prêmio. bjs,  Saudades

 

MARCOS TAVARES

 De início, parabenizo-a pela bem merecida premiação ! É este um conto — e dos melhores ! Mais do que um refletir acerca da existência possibilita ele: transcende esse mundo palpável. E não é à-toa, pois ambientado na terra de Kardec.

Essa tessitura toda só vem confirmar ainda mais o que penso a respeito da vida: ninguém morre completamente , se uma nesga de lembrança ainda restar  na memória dos seus .  Para isso vivemos: para ouvir  história , para  reproduzir  história e  para virar história.

Acredito mesmo que estivesse  a escritora Drumond toda sob o domínio mental de Dominique.  Agnosticismo à parte, creio  nessas possibilidades: algo além das teologias e crendices todas.  Intersecção de mundos paralelos, talvez. 

O seu conto, não bastasse ser bem contado, com a exatidão vocabular que lhe é já característa,  surpreende. Fosse eu um cineasta de suspense, ou  pelo menos um roteirista, esse texto seria um  altamente dramatizável.

Continue narrando: suas histórias enlaçam leitor. E sou um desses: sim, um privilegiado ! 

 

JOSÉ HUMBERTO FAGUNDES – PRETÓRIA – ÁFRICA DO SUL

Que assim seja. Dominique preservou o encanto infantil da descoberta. A inquietude, a mansidão. As agruras permearam o caminho dela, como permeiam o nosso. Conduzi-lo como Dominique requer a sabedoria de se dobrar ao destino inescapável, mas ainda assim moldá-lo à sua própria feição. When, how and where serão sempre as incógnitas neste desafio em que o idioma bretão emoldura o lusitano e desemboca no final feliz.

Je suis Dominique!

 

JEANNE BILICH – VITÓRIA - ES

Seu conto é preciosidade mais que justamente enaltecido e devidamente premiado. Viva! 👏👏👏

Gosto da sua escrita - sempre florescente com o pé plantado no real e os altos ramos beirando o talento da ficção & criatividade, Jô.

E já que falei em real ao saber o nome do seu refúgio mágico “Viveiro do Silencio”...uau! ...fiquei fascinada! Maravilhoso! Um dos meus mais caros fetiches: o silêncio - ou como gosto de dizer e escrever “o veludo do silêncio”.

Qto ao adendo do seu texto original fiquei cá a me lembrar do Mestre Nietzsche: “Não existe fato mas sim interpretação do fato” - e se vc atribuiu à Dominique sua merecida & justíssima premiação, assim É.

E sempre será ... o que nos leva ao querido e sapientíssimo filósofo Schopenhauer: “A vida é vontade e representação.” E nossa “verdade” (ou aletheia) é sempre a representação que nós conferimos aos fatos, circunstâncias ou situações. 

Nossa subjetividade se impõe soberana.

Beijos e agradeço-lhe efusivamente o prazer da leitura somado aos cumprimentos pela bela e cativante escrita. Ah...o estilo! “C’est tout” !

 

MÔNICA VERSÁTIL – BRASÍLIA - DF

Jô. Amei o texto sobre Dominique.

Acho que houve conspirações universais para que você pudesse viver essa magnífica experiência!

Ou, talvez o dedinho de Dominique querendo, lá do além que sua decisão em vida fosse eternizada por suas palavras.

Acho que ela mirou certinho ao escolher você para fazer parte da pós vida dela.

Que texto pitoresco, empolgante e cheio de surpresas!

👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

 

CIBELE MARIE – PARIS / RIO

Quando, como e onde ..... adorável e fascinante !!.  Conheci nas minhas idas chez mon cousin à Cannes, no TGV, uma senhora bem idosa, falante e simpática que me contou que também tinha escolhido sua casa de Antibes e mantido o apartamento de Paris.... lembrei - me dela ao ler teu texto.... à très bientôt chère amie. Quelle chance d’avoir à ta disposition un appartement dans Le marais.  Vontade de conhecer teu refúgio na Mata Atlântica, ES. Bises. Cibele marie

 

FRANCISCA N. CAIXETA – BELO HORIZONTE – MG

Seu excelente e premiado conto, com os desdobramentos da segunda parte, ficou ainda mais especial! A leitura é leve e agradável. Ficção e realidade se misturam de forma tão real e inesperada! Surpreendente! Parabéns!!! Se você se candidatar novamente fará jus a outro prêmio.

 

FRANCISCO BRANT – BELO HORIZONTE - MG

Super legal, Jô! Por que vc não tem, de vez em quando, um "papo" desassombrado com ela, em Paris ou na Mata mesmo, e conta mais estórias da fantástica Dominique, que nunca morreu nem vai morrer? Acho que vão pintar belos contos.

Obrigado pelo envio do texto e abraços!

 

MARIA LÚCIA TEIXEIRA DE SOUZA – VITÓRIA- ES

Querida Jô. Não só o conto é de uma delicadeza e doçura  que nos prende o tempo todo como também o adendo que o completa maravilhosamente. 

Viajei por Paris através da sua descrição, já que não podemos nos dar ao luxo de ir pessoalmente por causa da “tal pandemia “. 

Parabéns querida. Prêmio muito merecido. 

Um grande abraço. 👏🏻👏🏻👏🏻🌺

 

SONY ITHO – VITÓRIA - ES

Gostei muitíssimo...vejo Dominique passeando pela casa enquanto vc e Pádua usufruíam seus móveis, quadros, livros...

 

ANATILDES NUNES – GUIMARÂNIA - MG

Acabo de ler a história de Dominiqe e o adendo também. Achei espetacular! Muita coincidência. Realmente você tem uma maneira agradável e atraente de se expressar. O texto, ou seja, a história de Dominique é muito interessante, assim como os fatos que deram origem a esse adendo, não sei se posso chamar de Providência  ou coincidência. Isso faz qualquer pessoa pensar que a vida não termina com a morte. Isso me fez lembrar do que dizia um sacerdote antigo, já falecido há anos. “A vida é o antegozo do céu “. Cada um pode pensar o que quiser. Eu sempre creio que a vida não termina aqui.

 

IRISLENE MORATO – BELO HORIZONTE - MG

Adorei o texto! 👏👏👏

Dominique foi uma mulher encantadora,  liberta.

 

FLÁVIA MACHADO – CUIABÁ - MT

Delicioso esse texto! Fico imaginando você e o Pádua na casa de Dominique 

🥰 leitura deliciosa!!

 

MARIA DAS GRAÇAS SILVA NEVES – PARIS - FR

Bonjour. Eu li e é incrivelmente fantástico o texto. Vivi as cenas como se tivesse também participado dele. 👏👏👏 😘

 

NEUSA SERRANO – RIBEIRÃO DO CRISTO - ES

Gratidão amiga. Mais um deleite! Vc é excelente com as palavras 😃 Parabéns!!! 

 

SÔNIA  Mª GOMES DE OLIVEIRA RÊGO– BARRAS -  PIAUÍ

Que conto lindo, história de vida invejável!  Jô, você é realmente merecedora de graças,  a riqueza em detalhes leva o leitor a visitar e  viver um pouco a vida de Dominique...Parabéns!

 

LETÍCIA NUNES TEIXEIRA - RIO DE JANEIRO - RJ

Na correria da vida, só agora consegui ler esses últimos dois contos. A vida é uma caixinha de surpresas, não é? Que coincidência vocês acabarem hospedados exatamente na casa de um dos seus personagens. Coincidência ainda maior receber a notícia do prêmio enquanto ainda estava lá.  Adorei ler esses contos! Obrigada por enviá-los!

 

REGINA MENEZES – VITÓRIA - ES

Gostei muito de “QUANDO, COM E ONDE?”

Sua bela narrativa me conquistou e a História ficou quase real para mim. Vivi o momento da suave despedida e o inusitado do reencontro. Parabéns!

Será mesmo que, sendo portadores dos Espíritos do Senhor, das virtudes dos Céus, 

que iluminam nossos caminhos e abrem os olhos aos cegos, podemos mesmo prever o QUANDO, COMO E ONDE?

 

 ÁLVARO SILVA – VITÓRIA - ES

Lindo, Jô. E o melhor foi você dormir no quarto do fantasminha camarada...

Mas o texto também me remeteu a uma lembrança triste: um dia cheguei à casa de mamãe e a encontrei caída na sala, sem conseguir se levantar. Coloquei-a na poltrona com todo carinho. Entendi que ela viveria pouco tempo mais. Efetivamente, dois anos depois ela se tornou meu fantasminha camarada. Bjs.

 

PEDRO NUNES – VITÓRIA - ES

Interessante história de Dominique e de seu encontro póstumo com ela. Alberto Manguel diz, sobre compradores compulsivos de livros, que não devemos nos preocupar se não tivermos tempo para lê-los e morrermos antes. Ele diz que os livros nos lerão, ou seja, darão de nós um retrato para os sobreviventes que entrem em contato com nossas pequenas ou grandes bibliotecas. Obrigado, Jô.

 

GERALDO FERREIRA PAIXÃO – IPATINGA - MG

 Exvelente, Jô. Me impressiona sua capacidade de compor, criar e associar ideias, sempre com aquele requinte de seus contos.

Ainda curto a longevidade de Dominique e sua forma descontraída de encarar a vida. Parabéns por " Quando, como e onde".

 

SÔNIA ROSSETO – VITÓRIA - ES

Muito interessante e glamouroso o seu conto. O viver é muito interessante e surpreendente. A morte é igual para todos. Esse é o mistério maior; ela nos iguala.

 

HELENE PAULINI – BELO HORIZONTE - MG

Muito interessante!Tudo que sai de sua pena é digno de louvor querida Jô.

Amei ler a sua obra. Boa noite

 

SAMUEL MALHEIROS – VITÓRIA - ES

História maravilhosa, maravilhosamente bem escrita, e de incomparável densidade humana.

Jô, estudei durante dois anos e meio em Paris. Morava no Boulevard Saint Germain, 182. O Café de Flore  e o Deux Magots ficavam a trinta metros no No. 152.

Cansei de perambular por todos esses locais que você menciona.  Estudei na Sciences Po a trezentos metros de casa. Atravessava a pé, todo dia, o Jardin du Luxembourg para ir ao IIAP, onde também estudei. Estive lá de 1974 a 1976.

 

ÂNGELA XAVIER – OURO PRETO - MG

Lindo e emocionante tanto a história de Dominique quanto sua surpreendente hospedagem em seu apartamento de Paris.

 

MARIA JOSÉ PEDRUZZI -VILA VELHA - ES

Que texto lindo! Nos faz pensar no amanhã...😟😟😟.

E que coincidência, ir parar justo na casa da Senhora Dominique. 🤨🤨🤨

 

KATIA BOBBIO – VITÓRIA - ES

Que texto magnífico. Adorei Jô. Parabéns de novo.!!!!

 

VALENTEINA IVANOVNA DRUPNOVA– VITÓRIA - ES

Jô.. a sua história quase sobrenatural... Dominique e o nome fictício!

Parabéns pelo conto... me fez refletir sobre a velhice. 

 

GISLENE  HADDAD TAPIAS MEDINA GUIMARÃES- VITÓRIA - ES

 

Nossa!

Adorei tudo

A história

Os sentimentos

O prêmio

Maravilha

Parabéns 👏👏👏

 

ANTÔNIO DE ASSIS ROSA – PATOS DE MINAS - NG

Adorei o texto. Me fez lembrar de minha mãe que partiu na calada da noite, no dia 16/08/2018. Ela, que viveu intensamente pelos filhos, partiu desta vida em silêncio, mesmo estando acompanhada de minhas irmãs.

 

ATTILIO COLNAGO – VITÓRIA - ES

Hola Jô!

Bom falar da morte/do morrer desta forma...

Gostei muito do conto e de seu desdobramento 

Parabéns pela palavras leves e fluidas!!

Bj

 

FRANCISCO EUGENIO REIS E SILVA – TEREZINA - PIAUÍ

Bela estória! Parabéns! Gostei muito. Abraços.

 

LÉA FURTADO – VITÓRIA - ES

Jô, li todos os artigos e me deliciei com textos maravilhosos que dão um prazer enorme da leitura, tamanha a desenvoltura, a clareza e imagens nítidas, por meio de palavras ricas, cheia de cores e adjevações!

Parabéns!

Só não consegui comentar no espaço adequado

 

MARIETA APARECIDA – BELO HORIZONTE - MG

Que história incrível! consegui me transportar para dentro da narrativa,  e fiquei sonhando com Paris. Sonho em um dia visitar estes lugares mágicos, os museus, a catedral de Notre Dame...

 HELCIO GONÇALVES DRUMOND – GUARAPARI - ES

LINDO MARAVILHOSO

ME EMOCIONOU MUITO.

ABRAÇOS. HELCIO

 

IVA DE SOUZA – PATOS DE MINAS - MG

Jô, como você escreve bem numa linguagem simples e clara. Gosto de ler seus contos. Um abraço carinhoso.

sábado, 24 de abril de 2021

(IN)FIDELIDADE CONJUGAL


Certo dia, assisti a uma emissão televisiva sobre usos e costumes de algumas tribos indígenas brasileiras. Uma delas, cujo nome me escapa, despertou minha atenção. A tribo é composta por uma grande família, sem o tradicional núcleo familiar composto por pai, mãe e filho. Não há relacionamento conjugal. Ninguém é de ninguém. Todos são livres para fazer amor com quem lhes aprouver. Destarte, as mães nunca sabem quais são os pais de seus filhos. Todos os homens da tribo se consideram pais de todas as crianças e as tratam como tais. Nesse tipo de comunidade os mais idosos tratam com respeito e carinho os mais jovens, possivelmente seus filhos ou netos de sangue. Por outro lado, os jovens respeitam os mais velhos como se fossem seus pais ou avós.  A aldeia é de todos, assim como os frutos oriundos da terra. Não há disputa por propriedades, nem pelo objeto do desejo. Tudo isso engendra uma vida simples e harmoniosa, sem rivalidades e, provavelmente, sem animosidades.

Isso nos remete, evidentemente, à antiga instituição do casamento, cujos objetivos iniciais eram a sucessão de propriedade e a proteção da linhagem de sangue.  

A união entre homem e mulher, reconhecida pela sociedade, sempre existiu, mas ao longo dos séculos ela foi tomando diferentes formas, segundo a evolução sociocultural no tempo e no espaço. Ao longo da história, o casamento funcionou como eixo da estabilidade social. O amor entre os cônjuges não era levado em conta. A união conjugal era celebrada em detrimento da vontade da noiva e de seu consentimento. Durante a Idade Média, a importância do amor no casamento era quase nula. A mulher era negociada pelos pais com o objetivo de fazer alianças políticas ou de aumentar o latifúndio. Seu dever era a procriação de herdeiros, as lides domésticas e o bem-estar do marido.

Houve época em que, para garantir a sucessão de latifúndios somente a filhos legítimos, os homens chegavam a colocar cinto de castidade nas esposas, quando partiam em viagem. Prova da importância do fator econômico no casamento foi o celibato clerical, que se tornou obrigatório a partir de 1537 para evitar disputas dos bens da Igreja por parte de herdeiros dos padres.

Sabe-se que o casamento foi instituído pela Igreja Católica como sacramento a partir do Concílio de Florença, em 1439, no papado de Eugênio IV. A partir de então o casamento tornou-se indissolúvel, para evitar a manipulação de interesses econômicos. A infidelidade tornou-se pecado. Concubinato e poligamia foram proscritos. O casamento consanguíneo de parentes até o sétimo grau foi proibido. A relação sexual dentro do casamento, a única permitida pela Igreja, não podia visar ao prazer; apenas à procriação. O gozo entre marido e mulher enfraqueceria o amor a Deus. Tornou-se tão pecaminoso quanto o adultério. Para garantir o sexo sem pecado dentro do casamento, foi difundida a crendice de que o gozo amoroso poderia gerar crianças com doenças e enfraquecer a descendência.

Com a revolução industrial e o capitalismo, no século XVIII, floresceu o “casamento por amor” que portava em seu bojo a liberdade de escolha, o afeto mútuo e o prazer sexual. Começou então a libertação da mulher. Ela deixou de ser propriedade privada, na medida em que foi aceita no mercado de trabalho. No século XX, a profissionalização da mulher, os métodos anticoncepcionais e a liberação do divórcio afastaram a influência familiar e religiosa do relacionamento amoroso, dando-lhe uma conotação sexual.

Um aspecto negativo, que vem de longa data, é que o pacto de fidelidade mútua dentro do casamento acaba gerando sentimento de posse nos cônjuges. Nos dias de hoje veem-se crimes hediondos cometidos em nome da honra, provocados por ciúmes de um deles. O crime é cometido muito mais frequentemente pelo cônjuge varão, que se considera proprietário do corpo da esposa. Muitas vezes ele não aceita a ideia de que ela possa se relacionar com outro homem, mesmo estando oficialmente separada, e comete o feminicídio, termo muito em voga atualmente, ou uxoricídio (assassinato da própria da esposa), termo menos usual.

Considerando os parâmetros atuais de nossa sociedade, é impossível voltar aos moldes de uma sociedade tribal, primitiva e simplista, porém funcional.

Não se pode comparar a complexidade da “aldeia global” da era virtual com a aldeia indígena. Convenhamos que são realidades totalmente distintas, cada uma com suas especificidades. Se o pacto nupcial de fidelidade fosse eliminado da aldeia global, possivelmente esse tipo de crime deixaria de existir. Outro aspecto positivo seria a diminuição do índice de violência se todos respeitassem o próximo como se fosse um familiar (avô, pai, tio, irmão, primo...). caso não houvesse propriedade privada, como na aldeia indígena, possivelmente haveria mais harmonia.

Existe modelo ideal de sociedade? O que estaria certo? O que estaria errado? Em cada cultura, as arestas sociais vão se moldando diferentemente no tempo e no espaço. O importante é haver concordia discors, ou seja, equilíbrio e harmonia entre os elementos dissonantes ou heterogêneos.

Jô Drumond


RETORNO DOS LEITORES 



Karina,  Austria


Adorei o texto, Jô! 🌹


Ficaram na minha cabeça as seguintes ideias: todos são de todos/ tudo é de todos. Seria tão mais lógico! 


Qdo todos são de todos (e nem estou considerando a bi-poligamia), espera-se que haja um cuidado, um amor, um respeito mútuo, coletivo que, infelizmente, não conhecemos e que, salvo engano, não queremos conhecer. 


Se tudo fosse de todos, não haveria garimpeiro invadindo terra indígena, pois não haveria a necessidade do garimpo, não haveria demarcação de território, não haveria destruição da natureza.


Seríamos todos pela vida, seríamos todos pindorama! 


 

MARIA DA PENHA FRANZOTTI  DONADELLO  – MATHILDE - ES

Ei Jô! Bela crônica. Interessante seu comentário sobre a dura  realidade dos relacionamentos conjugais de nossa "aldeia global", comparada  à  sabedoria dos relacionamentos da cultura indígena,  enriquecidas com acontecimentos marcantes da história da civilização. Excelente!

 

JOSÉ HUMBERTO FAGUNDES - PRETÓRIA -ÁFRICA DO SUL

Um tema pra lá de (in) fiel, diria. Não ouso tentar decifrar os meandros do amor. Fidelidade ou seu oposto podem ser faces de uma mesma moeda. Sentimentos são incontroláveis. Códigos morais norteiam o maniqueísmo, certo e  errado. O que a sociedade convenciona tem a régua da homogeneidade. E que régua é essa considerando o quão diferentes somos? Desculpe essas divagações a propósito de seu texto, muito bem articulado, por sinal, e que despertou o que acaba sendo mais importante: a (in) fidelidade a mim mesmo. Viva o amor, o resto...

 

FRANCISCO BRANT – BELO HORIZONTE – MG

Muito legal, Jô! Certamente, muito ainda vai mudar na instituição do casamento. Ontem mesmo, comecei a assistir ao filme  "Sr. e Sra. Smith" - se não me engano. O filme mostra o casal representado por Angelina Jolie e Brad Pitti, que começa apaixonado e termina com uma luta feroz entre os dois, cada um a serviço secreto de uma terrível organização criminosa que disputava altos interesses com a outra. O filme é meio chato, mas, a meu ver, é uma metáfora do casamento moderno.

Muito obrigado e abraço!

 

MARIA INEZ NASCIMENTO – LAGOA SANTA - MG 

Oi Jô,  muito boa sua análise do casamento / (in)fidelidade através dos tempos. Penso que uma sociedade como a dos índios, que você citou, só poderia dar certo em pequenas comunidades. Acaba sendo uma utopia. Abraços

 

RITA SOUZA SOARES  - VITÓRIA - ES

Gostei Jô. Estou mais para aldeia indígena do que para aldeia global.

Claro que hoje, com os grandes patrimônios, seria muito difícil. Mas algumas regrinhas do relacionamento da aldeia indígena poderiam ser incorporadas na aldeia global.

 

SIMONE ROCHA – LIMEIRA - SP

O importante em qualquer relacionamento é conhecer seus limites e os do companheiro. O amor deveria ser o combustível principal da relação. Outro detalhe é respeitar os familiares e amigos de ambos.

Outro dia, conversando com uma amiga, concluímos que no relacionamento conjugal é como se o casal estivesse algemado. Quando um tem seus próprios objetivos, sem os compartilhar com o outro, é como se a carga ficasse pesada, como se um estivesse puxando o outro. Saber conduzir este tipo de relacionamento exige sabedoria de vida. Acredito que minha avó, minha mãe e todas as mulheres que mantiveram seus casamentos por longo período, tiveram que suportar muitas limitações. Hoje, é um pouco diferente. É confortante ter um ao outro para dividir a criação dos filhos, as contas do mês, os momentos de tristeza e os de alegria, para poder chorar juntos e se divertir também. Sou contra o sexo livre por motivo de saúde e higiene. Muitas doenças são transmitidas, na promiscuidade. Enfim, sou a favor de uma boa escolha e “bora ser feliz”!

 

SÔNIA -  BARRAS - PIAUÍ

Texto maravilhoso, humanidade difícil, instituições perversas...e  a vida segue!

 

ESTER ABREU – VITÓRIA - ES

Sim, deve haver concórdia discors, mas também viver a ética de seu tempo.

 

REGINA MENEZES – VITÓRIA - ES

Acabo de ler seu trabalho. Parabéns. 

Bem escrito, rico em citações.

Aguça curiosidades....

Faz emergir lembranças ainda recentes desta última metade de século. 

Fortes lembranças de mulheres avós prisioneiras de tabus e discriminações...

Você pergunta ao final:

“Existe modelo ideal de sociedade? O que estaria certo? O que estaria errado? Em cada cultura, as arestas sociais vão se moldando diferentemente no tempo e no espaço. O importante é haver concordia discors, ou seja, equilíbrio e harmonia entre os elementos dissonantes ou heterogêneos”. 

Um modelo ideal de família seria o das que têm presente entre si o justo e o acertado entre seus pares?

Tudo que for acertado pelas partes envolvidas seria exemplo de Concórdia a vista de outrem?

A sociedade e a Igreja traçam regras mas sou livre para viver em paz se não aceitar e absorver estas normas?

Concluo por ora...

Havendo equilíbrio e concordância intramuros serei respeitada por todos?

Desculpe por me alongar. 

Seu texto é instigante.

 

PEDRO PEDROSA – VITÓRIA - ES

Belíssimo texto!

Bem estruturado e de rica informação!

Parabéns pelo trabalho.

 

JOSÉ CARLOS MATTEDI – VITÓRIA - ES

Interessante artigo e uma aula de história sobre as relações conjugais. Só o tempo p melhorar as relações humanas, q passam pelo respeito ao próximo. 

Abraço

 

LOLA BELGA – VITÓRIA - ES

Esse é um assunto bem complicado, tendo em vista a cultura de cada país.

Difícil até de comentar. A família tradicional está cada vez mais enfraquecida.

 

VÂNIA VIDA – BELO HORIZONTE - MG

Amei! Bem interessantes sua pesquisa e ponderações!

 

LUÍS SOARES – VITÓRIA - ES

Interessante... não sabia da característica de relacionamento conjugal desta tribo.

Assunto para reflexão.

👍🏼🤩🤩

 

JAÇANAN – VITÓRIA - ES

Você  abordou muito bem a evolução  do casamento  através  dos tempos. Ótima  pesquisa. Um abraço.

 

MARIA JOSÉ PEDRUZZI – VILA VELHA - ES

Parabéns,  mais uma vez. 👏👏👏 Assunto muito complexo.  Realmente, equilíbrio e harmonia são fatores essenciais.

 

MARIA LÚCIA TEIXEIRA DE SOUZA – VITÓRIA - ES

Obrigada por me enviar sempre suas crônicas. Gosto muito do seu estilo leve e gostoso de ler. Um grande abraço. 🌹

 

 

CIBELE DE GUENIN  RABELLO AMARAL– PARIS / RIO

Que maravilha querida Jô Drumond, ler e reler seus contos. Merci, ma chère amie et, j’ espère, à bientôt.

 

MARIA JOSÉ NUNES – PATOS DE MINAS - MG

Como sempre, leio na hora que vc me envia.

Fico muito grata pela gentileza e pelo carinho.

Gosto de tudo que escreve. Vc usa as palavras, brincando. Com que facilidade elas saem fluindo de sua memória!

Use este dom que Deus te deu para nos proporcionar o prazer da leitura.

 

MARIETA  APARECIDA – BELO HORIZONTE - MG

Incrível como vc descreveu as relações humanas, independentemente do século em  que vivemos.

 

JÚLIA MARIA RIBEIRO DE CARVALHO – VITÓRIA - ES

Bom dia Jô.

Mais uma vez amei uma crônica sua que me enche de uma mistura de sentimentos positivos ao lê-la.

Fico aguardando o momento certo para o prazer dessas leituras.

Em suas crônicas os temas abordados e, por conseguinte desenvolvidos, são feitos de forma leve, sem deixar de lado o estudo do tema.

Amei toda a dinâmica de como foi feita essa abordagem.

Jô Drumond, agradeço a Deus, esse encontro que Ele me proporcionou.

A leitura de seus textos me faz bem.

Obrigada.

 

DENISE MORAES – VITÓRIA - ES

Jô, li todas as crônicas.  Sobre fidelidade conjugal, não sou adepta ao estilo de vida dessa Tribo.  Sobre o cinto de castidade, é um fator de humilhação para as mulheres.  Mesmo com o direito de se casar por amor e de escolher seu cônjuge, a mulher continuou a sofrer opressão.  Por fim, em pleno século XX, o homem tornou-se ainda mais machista e possessivo.  Resumindo, a mulher, no entender do homem, é de sua propriedade e escrava de sua autoridade.  Creio que o varão continua oprimindo e que a mulher só conseguiu aumentar a carga de trabalho, sem conquistar seus direitos, nem a liberdade de viver com dignidade.  As que conseguiram maior liberdade de ação tiveram que lutar muito, mesmo com as marcas das cicatrizes na alma.  No sentido positivo, vale lutar pela dignidade.